Desde o dia 28/08, os trabalhadores da Assistência Social de Belém, estão em greve por melhores condições de trabalho, contratações e pelo cumprimento do acordo de reajuste de 5%, prometido no início do ano. A greve e o problema, no entanto, estão sendo negligenciados pela prefeitura de Edmilson Rodrigues (PSOL), que alega “falta de dinheiro” para pagar os trabalhadores.
“Nossas reivindicações são o cumprimento do plano de cargos de salários, que está desatualizado e não é corrigido há anos, por concurso público, já que o último foi em 2018, por qualidade no atendimento com fornecimento de gás, águas, papel A4, entre outros, que não suprem a demanda atual” , disse Cecília Moraes, presidente do Sistema Único de Assistência Social (Sintsuas Funpapa).
A prefeitura de Belém informou por meio de uma nota, na época, que “há uma mesa de negociação coordenada pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Secretaria Municipal de Controle, Integridade e Transparência (Secont) onde é deliberada todas as pautas de reivindicações. E que uma comissão do Sindicato está sendo recebida pelo secretário de Controle, Integridade e Transparência, Luís Araújo. No entanto, a Prefeitura de Belém, adianta que garante o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) de servidores da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e segue negociando com as entidades representativas da categoria, levando e conta, inclusive, a queda de arrecadação nas receitas municipais”.
Passados nove meses, mesmo após, segundo as denúncias dos trabalhadores e a prefeitura ter alegado que cumpriu a promessa, a situação não mudou. Edmilson Rodrigues, logo no início do mandato, tentou emplacar uma reforma da previdência, intento suspenso ao enfrentar a oposição dos trabalhadores. Foram feitas, também, denúncias sobre abuso de autoridade por parte de meios repressivos para conter estudantes que manifestavam contra o aumento do preço da passagem, em março de 2022, com a repressão usando inclusive spray de pimenta e cassetetes.
O governo municipal do PSOL na capital paraense, ao contrário do que indica a nomenclatura partidária, não oferece aos moradores nem o socialismo e nem a liberdade. O partido que se coloca à esquerda do PT e critica desproporcionalmente as medidas tomadas pelo partido no governo federal, sobretudo a política petista de buscar uma conciliação de classe, age da mesma forma, porém, com uma diferença essencial: o PT é um partido que representa as grandes massas brasileiras, o povo trabalhador. Já o PSOL, representa um setor “bem-pensante” da classe média esquerdista.
Institucionalmente, o partido de Sâmia Bonfim, Boulos e companhia é nulo, para não dizer que é desastroso. O pragmatismo político, conceito que está em moda entre os “gênios” dos setores de classe média, é uma arma contra a esquerda e um ataque aos trabalhadores. Os petistas não devem ceder a prefeitura de São Paulo a Boulos, Lula tem que lançar candidatura própria de militantes de confiança do PT!