Os trabalhadores dos transportes coletivos da capital do Piauí, Teresina estão em seu segundo dia de greve.
Os motoristas e cobradores, que estão com os salários atrasados não têm reajuste salarial desde 2019, conforme afirma o presidente do Sindicato dos trabalhadores nas Empresas de transportes de Teresina Antônio Cardoso, têm trabalhadores que estão sem receber pagamento há 44 dias.
Na última segunda-feira (13) os trabalhadores decidiram por ir até a prefeitura e ficar lá até que houvesse uma reunião com o prefeito José Pessoa Leal, do golpista Republicanos, o que não aconteceu.
Uma mixaria
Atualmente os trabalhadores recebem salários de R$2 mil para os motoristas e R$ 1.302,00 para os cobradores, com auxílio-alimentação de R$ 170,00 e assistência à saúde de R$ 70,00. ou seja, um mísero salário mínimo e irrisórios auxílio-alimentação e assistência à saúde.
Com esses valores rebaixados, os patrões ainda atrasam os salários. Portanto, os motoristas e cobradores reivindicam um reajuste de 20%, auxílio-alimentação de R$600,00 e assistência à saúde de R$84. Os trabalhadores reivindicam que o pagamento dos salários devam ser de: 60% no dia 5 de cada mês e 40% com o ticket e o plano no dia 20. é exigido também, melhores condições de trabalho, por ser uma atividade extenuante.
Negocia ou greve
No dia 08 de março, os trabalhadores já realizaram paralisações, porém, por conta da total falta de respeito, houve uma paralisação de três horas.
No dia 10 houve negociação, com a participação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) porém, a proposta ficou muito aquém aos percentuais reivindicados pelos trabalhadores e foi prontamente recusada.
Os patrões, que vivem mamando nas tetas da prefeitura, uma vez que são agraciados com concessões e repasse da própria prefeitura, não ligam a mínima pela situação dos seus funcionários. ignoram completamente a situação do custo de vida, tanto de alimentação, aluguel, serviços e as demais despesas de contas que, devido ao não aumento salarial e atrasos vão se acumulando, por isso não querem negociar.
Fura greves
A prefeitura, bem como, os patrões das empresas de transportes coletivos não negociam com os trabalhadores, mas utilizam fura greves como retaliação ao movimento grevista. foi o que a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans)informou, em nota, que cadastrou 100 veículos (de um total de 254 veículos do banco de dados do órgão), entre ônibus, micro-ônibus e vans, para circularem durante o período de greve.
Todo o apoio à greve dos motoristas e cobradores, colocar o transporte a serviço da população. O transporte não deve servir para os patrões gananciosos enriquecer mais e mais, portanto, além da prefeitura ter que atender as reivindicações dos profissionais dos transportes, deve, também abolir toda e qualquer tarifa e o controle deve estar nas mãos do estado, portanto, da prefeitura, sem a ingerência dos “concessionários”.