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Defesa do status quo

Por que os “webcomunistas” não gostam do PCO?

O que "pega bem", seguindo o mesmo caminho, é a política identitária, que é a expressão mais bem acabada do meio em que vivem os "webcomunistas"

Voltaram a circular, nas redes sociais, as tentativas baixos de transformar o PCO em uma caricatura para, assim, tentar desmoralizar a sua política. Os pretextos são sempre os mesmos: o PCO seria uma “anomalia” porque “defende” “o Neymar, o Monark, o Robinho, o Daniel Silveira e o Nicolas Ferreira”. Por essas e por outras, seria, portanto, um partido “bolsonarista” e “transfóbico”.

Os xingamentos, embora não tenham a pretensão de apresentar um único argumento, revelam, de maneira cristalina, o porquê da indisposição de quem o faz com o PCO. O Partido, para eles, seria uma “anomalia” – algo, portanto, estranho ao meio social de que fazem parte. E do que o meio social desses senhores teria “alergia”? Da defesa dos direitos democráticos da população em detrimento da defessa oportunista dos interesses pessoais.

A tal “defesa” dos direitistas é uma calúnia. Propositalmente, os palpiteiros de tuíter dão a entender que a “defesa” de alguém como Daniel Silveira seria uma espécie de idolatria, uma defesa da pessoa – o que levaria um incauto a entender que se trata de um acordo com as posições políticas do ex-deputado bolsonarista. No entanto, trata-se do exato oposto. A única defesa que o PCO tem feito é a defesa do direito democrático de Daniel Silveira e de todas figuras elencadas – a defesa de que alguém não seja preso sem o devido processo legal, que ninguém seja punido por emitir suas opiniões etc. Isto é, trata-se da verdadeira luta contra o programa dos direitistas, a luta em torno dos princípios e dos interesses da esquerda operária e revolucionária.

O que deixa os “webcomunistas” incomodados é o fato de que, no ambiente em que vivem, a defesa dos princípios da esquerda não “pega bem”. São os defensores número um do “statos quo”, da “normalidade” – e, portanto, os inimigos das “anomalias”. Acontece que não se deram ou conta – ou se se deram, não ligam, por se tratarem de pessoas que nada têm a ver com a esquerda – que a defesa da “normalidade” é a defesa da normalidade da sociedade capitalista. É a defesa de que aquilo que aparece na imprensa burguesa, que circula no meio acadêmico, que é reproduzido acriticamente pelos “formadores de opinião”. Isto é, a manutenção da ordem – o mais puro conservadorismo.

Nesse meio, o que “pega bem”, por exemplo, é defender o “direito democrático ” apenas para os “amigos”. Isto é, os “webcomunistas” não têm os princípios como orientação para a sua política, mas sim o interesse imediato. O PSOL, por exemplo, que bem ressoa esse ambiente de classe média conservador e pseudo-liberal, defende todo tipo de ataque aos direitos democráticos do ex-presidente Jair Bolsonaro para tentar colocá-lo na cadeia. No entanto, por achar que seria conveniente defender os direitos de Lula enquanto esteve preso – afinal, o petista é a maior liderança operária do País -, procurou se colocar publicamente contra a perseguição ao atual presidente. Não era uma defesa dos direitos de Lula, mas apenas uma jogada para “aparecer na foto” para sua base. Tanto é assim que a “defesa” não passou de meras palavras: além dos discursos no Congresso, o PSOL não travou uma verdadeira luta contra aqueles que estavam perseguindo Lula: não mobilizou sua base, omitia propositalmente a palavra de ordem de “Lula livre” sempre que possível e ainda liberou seus dirigentes e figuras públicas para darem declarações contrárias à campanha pela liberdade do então ex-presidente. Marcelo Freixo, na época deputado federal pelo PSOL, declarou: “Lula livre não unifica”.

O que “pega bem”, seguindo o mesmo caminho, é a política identitária, que é a expressão mais bem acabada do meio em que vivem os “webcomunistas”. A política identitária é a política que propõe a extinção da luta coletiva e a substitui por uma luta indiviual, “de identidade”. É a ideologia feita sob medida para a política neoliberal. É uma política, portanto, que não se propõe a fazer as reivindicações de uma classe avançar, mas sim a retirar indivíduos da “disputa”, rasgando os seus direitos democráticos se possível, para facilitar o caminho para seus “concorrentes”.

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