Milhares de trabalhadores da Educação participaram do Dia Nacional de Luta, na ultima quarta (26/4), convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e sindicatos em todo o País, que representam mais de 2,5 milhões de trabalhadores do ensino básico. Na pauta estavam a revogação da reforma do ensino médio, aprovada no governo Temer e imposta no governo Bolsonaro, e o cumprimento da “Lei do Piso” – que determina que o salário pagos aos professores do ensino básico não seja inferior a R$ 4.420, valor que depois do reajuste de 14,95%, de 1/1/23.
Apesar de convocado como greve, a mesma não aconteceu na quase totalidade dos estados, e muitas mobilizações foram pequenas. Ainda, assim, os atos expressaram as tendências à mobilização geral no interior da categoria.
Ficou evidente que setores dirigentes “tiraram o pé do freio” e não mobilizaram efetivamente para uma ampla mobilização, se dedicando a “atos demonstrativos”.
Destacamos, brevemente, alguns dados parciais de um primeiro balanço que evidenciam que há plenas condições para uma mobilização ampla e nacional, unificada pela conquista das reivindicações dos educadores.
DF: greve aprovada

Após aprovação da greve, os educadores saíram em caminhada pelo Eixo Monumental até o Buriti.
Em assembleia milhares de professores aprovaram greve a partir do dia 4 de maio, contra a vontade da maioria da diretoria, que tentou evitar uma greve, atacando Corrente Educadores em Luta – PCO, que se posicionou a favor da paralisação, distribuindo boletins durante a assembléia, mas não pode falar. Os educadores estão com os salários congelados há oito anos, e rejeitaram a proposta de reajuste de 18% de Ibaneis (MDB), em seis parcelas anuais.
Paulista fechou

Com a participação de alunos, milhares de professores realizaram ato liderado pela APEOESP, em frente ao MASP. Após concentração seguiram em passeata até a Praça da República.
O ato repudiou a política do governo Tarcísio que quer burlar a Lei do Piso com abono a parte dos professores – não incorporado aos salários – e não pago aos aposentados, aos afastados para tratamento de saúde etc. Em virtude da intervenção de Educadores em Luta – PCO foi aprovado um “desconvite” ao governador para que não participasse do ato de 1º de Maio.
Protesto em MG

Na capital mineira, a categoria se reuniu no pátio da Assembleia com a participação de caravanas dos trabalhadores em educação de todas as regiões do estado, reivindicando que o governo Zema (Novo) ponha fim a quatro anos de descumprimento da Lei do Piso e pague o que é devido aos professores.
MS: 3 mil na greve
De acordo com a Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems), mais de 3 mil profissionais aderiram à greve nacional. Na capital, 160 escolas públicas aderiram à greve. Foram realizados protestos pelas ruas em Dourados e outras cidades.