Nas últimas semanas, dezenas de pessoas inocentes são mortas nas ações policiais no nordeste devido ao combate as drogas e ao suposto combate de facções. Esse derramamento de sangue só leva ao aumento das tensões entre a população e a polícia, acarretando mais confrontos.
Dois locais específicos em que houve inúmeras mortes devido a essas operações foram a cidade de Salvador, na Bahia, e de Camaragibe, em Pernambuco. Somando os dois casos, oito civis foram assassinados pela polícia em ações de tipo vingativas pela morte de policiais. Em Camaragibe, o suspeito por matar um policial teve toda a sua família morta e mais dois entes relacionados feridos: sua irmã, Ágata Ayane da Silva, seu irmão, Amerson Juliano da Silva, sua mãe, sua esposa, Alex Samurai, suspeito de matar os PMs, e seu irmão.
Essa é mais uma chacina de muitas vistas entre a população pobre, não só do nordeste, como de outras regiões do país. É preciso destacar nesse sentido, inclusive, que Alex Samurai, o suspeito da morte dos PMs em Camaragibe, não tinha passagem pela polícia e tinha a sua arma legalizada, pois era atirador esportivo. Um caso como esses deixa claro a desproporção da ação policial em relação à vida da própria população. Um simples suspeito teve toda a sua família assassinada brutalmente.
A verdadeira guerra civil em que vive a polícia brasileira contra o povo pobre é o que ocasiona o aumento da criminalidade e no sentido de vingança da população em relação ao estado que só faz para maltratar a população.