Em uma semana, seis chacinas foram realizadas pela Polícia Militar, uma máquina de assassinar cidadãos pobres em escala industrial, em três estados da federação: São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Os estados estiveram nesse período nos noticiários por causa das chacinas ocorridas, mas elas estão acontecendo diariamente de fora a fora do país ao arrepio da lei e do senso de humanidade.
Neste domingo (6), na comunidade Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o adolescente Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, fora assassinado pelo batalhão de Choque da polícia com mais de um tiro! Após o assassinato, segundo os moradores, os policiais tentaram forjar a cena do homicídio, recolheram cápsulas e saíram acusando, de forma falsa, terem sido atacados por “bandidos” na comunidade.
A corporação militar instaurou um procedimento para apurar o crime e informou que colabora com as investigações da Polícia Civil. Puro disfarce e cinismo, pois ambas as polícias são coligadas na prática diária de crimes contra população.
Segundo parentes do jovem Thiago, ele tinha o sonho de ser jogador de futebol: “Uma criança de apenas 13 anos de idade que foi brutalmente assassinada pela polícia, pelo Estado e pelo governo. Thiago era um garoto estudioso, um jogador de futebol. Tinha sonhos. Ele era o camisa 10 do time, era um menino que ia para a igreja, família, que estava sempre com a gente”, disse a tia Nathaly Bezerra Flausino à TV Globo.
“Eles estavam de moto na principal da CDD, a polícia encontrou com eles e deu muitos tiros neles. Deu muito tiro neles! Meu sobrinho é pequeno, tem corpo de criança, e está com mais de cinco tiros espalhados pelo corpo. Muito tiro em uma criança de 13 anos”, relatou Nathaly sobre a barbaridade cometida pela PM, mais uma de milhares na rotina fascista desta instituição.
A PM sempre apresenta uma versão falsa sobre seus ataques. Uma testemunha do assassinato deu o seguinte relato:
“Eu estava aqui na hora da ação desastrosa da Polícia Militar. Entrando pela Rua Jeremias quando a polícia e o Caveirão saíram entrando. Já atirando para dentro da nossa comunidade, onde havia mais de um morador. Quando eles viram que a criança já estava morta com um tiro fatal, eles queriam tirar o corpo da criança do chão. Nós peitamos e não deixamos eles levarem o corpo da criança. Além disso, simularam uma troca de tiros aqui fora para poder dizer que houve uma troca de tiros aqui fora. É mentira”.
Na patrulha da Polícia, sem câmaras em seus fardamentos quando querem praticar crimes, os policiais matam quando querem. Usam a desculpa de reação diante de disparos de bandidos e espalham violência, crimes e banho de sangue.
Aonde está o secretário de Direitos Humanos Silvio Almeida? E o da justiça, Flávio Dino? Um absurdo é o silêncio e falta de revolta desses agentes públicos, ambos com vergonhosas ligações com a burguesia, que alimenta esses crimes diários contra a população negra e oprimida. Thiago Menezes infelizmente não foi o primeiro e nem será o último a ser assassinado por essa máquina fascista de matar cidadãos. A PM faz isso corriqueiramente, tem ligações corruptas com o tráfico, diz combatê-lo, mas tudo não passa de uma grande farsa para manter a corrupção do braço armada da burguesia e oprimir violentamente o povo.
A Polícia Militar tem que acabar, do contrário milhares de cidadãos da classe operária irão ser assassinados, com a falsa desculpa da PM de que combatem o crime organizado ou que reagiram a um disparo.
Massacre: polícia realizou ao menos seis chacinas em uma semana