Desde a criação do Estado de Israel sabe-se que os sionistas pretendem aniquilar o povo palestino da região. A colonização feita pelos sionistas, por meio de implantação de kibutz, bases militares e assentamentos urbanos, visa a sobreposição dos sionistas aos palestinos.
Mas, Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, foi além e revelou o plano final dos sionistas para Gaza, em uma reunião do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset, em Tel Aviv (divulgada pelo Financial Times, sexta-feira, 20).
Explicitamente, Gallant informou que Israel não terá mais “responsabilidade pela vida na Faixa de Gaza” quando a guerra terminar. O Financial Times citou uma autoridade israelense não identificada dizendo que “Israel não será parte da solução em termos de dar trabalho [aos habitantes de Gaza]”. “Desconectamos o cordão umbilical”, acrescentou. O funcionário disse ao veículo de comunicação que todas as passagens de fronteira existentes entre Gaza e Israel serão fechadas depois.
A declaração evidencia o plano de aniquilação completa dos palestinos e acende a luz de alerta máximo para a luta contra a opressão imperialista, que não está de brincadeira quanto aos interesses de genocídio e apartheid, que poderá se dar em várias partes do mundo a partir do laboratório criado na circunstância do recrudescimento da política de colonização de Israel.
Gallant expôs os planos e objetivos de guerra de Israel na Faixa de Gaza, a partir do estabelecimento de três fases da guerra, passando por eliminar o Hamas, destruindo suas capacidades militares e governamentais, e remover completamente qualquer responsabilidade que Israel tenha sobre Gaza, estabelecendo um “novo regime de segurança”.
De acordo com o ministro, a primeira fase está ocorrendo através da campanha militar com [ataques aéreos] e depois com uma manobra [terrestre] “com o objetivo de destruir agentes e danificar infraestruturas para derrotar e destruir o Hamas”. A segunda fase será de combate contínuo, mas em menor intensidade, à medida que as tropas trabalham para “eliminar bolsões de resistência”.
“O terceiro passo será a criação de um novo regime de segurança na Faixa de Gaza, a remoção da responsabilidade de Israel pela vida cotidiana na Faixa de Gaza e a criação de uma nova realidade de segurança para os cidadãos de Israel e os moradores da [área ao redor de Gaza]”, informou Gallant.
Israel lavará as mãos na questão de Gaza assim que concluir sua operação militar terrestre contra os palestinos. Mais especificamente, de acordo com o Financial Times – citando um funcionário israelense anônimo – a nova abordagem não permitirá aos habitantes de Gaza que entre em Israel seja para compras ou para trabalhar. Não haverá “responsabilidade pela vida cotidiana na Faixa de Gaza” assim que as hostilidades terminarem.
Embora essa afirmação seja cínica, pois na prática isso acontece no cotidiano e na burocracia para quem vive em Gaza, essa abordagem é uma senha para o expurgo definitivo que pretendem promover, caso nada seja feito contra o Estado terrorista de Israel, com todo seu desejo por sangue e destruição dos palestinos.
Israel ocupou e teve assentamentos em Gaza de 1967 a 2005. Até a última escalada, o país continuou a fornecer serviços básicos, como água e eletricidade, para o densamente povoado território palestino. A circulação de pessoas e mercadorias vem sendo severamente restringida por Israel há anos.
Sobre esse tema do extermínio, com informações da Bloomberg, a russa RT levantou que um cenário atualmente em análise é a instalação de um governo interino apoiado pela ONU e nações árabes em Gaza. Um relatório sobre isso acrescentou que as discussões estão nos estágios iniciais, sem garantia de que os países vizinhos seguirão com os supostos planos.
Até o momento, cerca de 4.500 palestinos foram mortos, com milhares de feridos. A ONU e grupos de direitos humanos alertaram para um desastre humanitário iminente em Gaza, mas esses grupos são amarrados a seus controladores, o imperialismo, e, portanto, não conseguem avançar. Protestos avançam no mundo inteiro, lotados de manifestantes contra o sionismo, mas seguem sendo ocultados pela imprensa imperialista, que está se satisfazendo com tanto derramamento de sangue, seguindo atuando em prol do lobby sionista.
A revelação do plano de Israel para a Palestina deve ser motivo para indignação e protestos cada vez mais radicalizados. O Estado de Israel precisa acabar, a bem da humanidade. Todos que lutam contra a opressão imperialista precisam se atentar à essa “senha” de extermínio dada pelo ministro. A tentativa, no entanto, não depende apenas da vontade dos sionistas. A resistência do povo palestino deixa evidentes as dificuldades e a fraqueza do Estado israelense e do imperialismo. “Exterminar” o povo palestino não será tarefa fácil.