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Extremo Sul da Bahia

Pistoleiros ferem um índio Pataxó e outro está desaparecido

No final da tarde desta terça-feira (31/05), a os índios Pataxó da retomada Vale da Palmeira, dentro da Terra Indígena de Barra Velha, no município de Porto Seguro, Extremo Sul da

No final da tarde desta terça-feira (31/05), a os índios Pataxó da retomada Vale da Palmeira, dentro da Terra Indígena de Barra Velha, no município de Porto Seguro, Extremo Sul da Bahia sofreram um ataque de pistoleiros contra os índios que estavam no local. Pistoleiros a mando dos latifundiários tentaram matar dois indígenas, onde um ficou ferido nas costas e outro que está desaparecido.

O índio Pataxó Carlos Fernando Aquino dos Santos foi atingido nas costas por arma de fogo e foi socorrido pelos próprios indígenas da retomada e levado ao hospital do município de Itamaraju. Já o índio Alessandro Silva dos Santos, que estava tomando banho no momento do ataque e não conseguiu fugir e está desaparecido.

Mesmo com as buscas durante a madrugada e o dia de hoje não foi encontrado.

Esse ataque ocorreu depois de uma armação realizada entre os latifundiários grileiros e a polícia da Bahia. Na segunda-feira (30/03), o Cacique Bacurau Pataxó, da mesma aldeia que sofreu o ataque, a Aldeia Vale da Palmeira foi preso com acusações infundadas de roubo de um veículo da fazenda que estava retomada pelos índios.

A prisão da liderança Pataxó abriu caminho para esse ataque de pistoleiros e esse ataque tem que ser colocado na conta da polícia civil e militar do estado da Bahia. Temos denunciado neste Diário uma série de ataques da polícia contra os Pataxó e até a perseguição contra o Cacique Bacurau.

Há dois meses, um veículo de trabalhadores rurais que trafegava na estrada que leva a Aldeia Vale das Palmeiras foi confundido com de índios e foi perseguido por uma picape que saiu das dependências da Fazenda Lembraça, que fica nos limites da retomada Pataxó coordenada pelo Cacique Bacurau.

Os latifundiários estão numa grande ofensiva contra os índios Pataxó na Bahia e a série de ataques devem ser realizados. Assim como no Congresso Nacional, onde a direita conseguiu a CPI do MST e a aprovação do PL 490, os latifundiários estão colocando seus grupos armados para atacar as retomadas indígenas.

Contra esses ataques é preciso ocupar ainda mais latifúndios e a formação de grupos de autodefesa Pataxó para defender seus direitos e suas famílias da violência dos pistoleiros, que em sua maioria são formados por policiais militares e civis.

Todo apoio a luta Pataxó!

Demarcação imediata da Terra Indígena Barra Velha!

Reforma agrária já!

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