O acampamento Escurão, localizado em Rondônia, foi novamente atacado por pistoleiros armados, mesmo local que no mês passado o Adelmo Umbilino, conhecido como “Gordinho”, foi assassinado pelos capangas do latifúndio com a conivência da polícia militar.
Os fascistas estavam fazendo ameaças contra a população pobre, obrigando-os a sair “por bem ou por mal”. Segundo o comunicado da Abrapo (Associação Brasileira de Advogados do Povo): “durante o ataque, havia trabalhadores, trabalhadoras e crianças que foram aterrorizados pelos criminosos”. Durante o ataque, queimaram casas e barracos e um idoso ficou severamente ferido com queimaduras.
Os moradores da região chamaram a polícia, porém não houve respostas, o que ilustra concretamente a quem serve as forças repressivas do Estado, novamente uma conivência dos policiais com a ação terrorista dos pistoleiros.
Esse já é o quarto ataque promovido pelos latifundiários contra a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), o que mostra a intensificação da violência exercida contra os trabalhadores rurais, desprovidos de terra.
É necessária uma ação organizada para os trabalhadores sem terra se defenderem, armados, contra os capangas da elite rural. Estes atacam com todo apoio do estado sem maiores consequências, enquanto os trabalhadores são criminalizados, os verdadeiros terroristas saem impune, oprimindo desde crianças até mulheres.
Os partidos de esquerda devem apoiar a criação de comitês de luta armado para a defesa dos companheiros que estão sendo massacrados pela máquina de moer gente, o Estado burguês. Esses pistoleiros só poder ser combatidos frontalmente, finalmente, precisamos lembrar das palavras de Marx: “A arma da crítica, é claro, não pode substituir a crítica da arma”.
O conto de fadas do pacifismo pequeno-burguês não vai resolver a situação dos povos oprimidos, estes não tem nada a perder, são brutalmente atacados com toda conivência das instituições, dos políticos e indiretamente da imprensa capitalista.