A burguesia brasileira está em pânico após as recentes declarações de Lula contra a autonomia do Banco Central. Por conta disso, seus porta-vozes, a imprensa golpista, vem fazendo um severo ataque a Lula através dos seus jornais.
O golpista O Estado de S. Paulo publicou, no último domingo (12), matéria criticando a posição de Lula, denunciando que ele estaria agindo como se estivesse no palanque da Vila Euclides, ou seja, com seus discursos radicais típicos do começo de sua carreira política como sindicalista. Para o jornal, isso seria uma postura inadequada, agora que exerce o cargo de Presidente da República. Com isso, o jornal, na verdade, quer dizer que Lula não está atendendo aos interesses dos parasitas da burguesia nacional.
Na matéria em questão, alegam que Lula está preocupado com a responsabilidade social, mas não estaria com a responsabilidade fiscal. Ao mencionar o problema do aumento da inflação, o órgão golpista expõe também sobre o salário mínimo ideal, de 7 mil reais e coloca como se fosse inviável alcançá-lo, mantendo esse “conflito” com o Banco Central. É quase como uma ameaça, do tipo “se Lula não acertar os laços com o BC e a burguesia nacional”, será impossível implementar as melhoras sociais que Lula tanto deseja.
Como exemplo, o jornal cita figuras “respeitadas”, como Henrique Meirelles e Armínio Fraga, dois banqueiros funcionários da burguesia. Fraga alegou que Lula teria um “desprezo raivoso pela responsabilidade fiscal”. Para ele, Lula precisa evitar o ataque à autonomia do BC para “realizar coisas importantes em áreas como educação, saúde e meio ambiente, além de fortalecer a democracia”.
Usa-se de todo um economicismo, de uma série de dados para confundir o leitor e procurar mostrar a catástrofe econômica que aconteceria caso Lula tivesse sucesso em sua empreitada. Na verdade, é um grande desespero da burguesia para defender os seus próprios interesses. A crise econômica corre ladeira a baixo há anos, sobretudo desde o golpe de 2016 e não será por conta das medidas de Lula que irá piorar ainda mais.
O que a burguesia quer é manter controle sobre a situação e Lula não está disposto a arredar. Seus porta-vozes, o Partido da Imprensa Golpista (PIG), dedicaram a semana inteira a atacar Lula devido a essa questão do BC.
É importante reforçar que a posição de Lula é correta e quem deve ter autoridade sobre o Banco Central é o Governo. Atualmente o BC é presidido por um bolsonarista, Roberto Campos Neto, que coloca em prática o programa neoliberal que a burguesia deseja. A política monetária deve ser definida pelo Governo eleito, por uma instituição que possua uma autoridade, escolhida pelo povo.
A burguesia tenta, de todas as maneiras, através da imprensa golpista, impedir que Lula acabe com a autonomia do Banco Central. Isso só demonstra o medo que a burguesia possui de perder controle sobre a política monetária.
É necessário defender a política de Lula e impulsionar para acabar com a autonomia do BC de uma vez por todas. Bancários de várias regiões do País estão chamando manifestações pelo fim da autonomia do BC, para esta terça-feira (14). Devemos nos posicionar ao lado dos trabalhadores e expurgar do BC o bolsonarista Campos Neto e sua política neoliberal, para que o BC seja controlado pelo governo e por uma política em prol dos interesses da população e não dos parasitas da burguesia.