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Ceará

Petroleiros entram em greve contra a venda da refinaria Lubnor

Privatização foi assinada ainda no governo Bolsonaro

Trabalhadores da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), do Ceará, entraram em greve na terça-feira (27). A paralisação é uma reação dos petroleiros à privatização da estatal, aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), aprovado na quarta-feira (21).

A venda para o grupo Grepar Participações foi assinada em maio de 2022, durante o governo Bolsonaro. Na ocasião, a operação foi questionada tanto pelo Sindipetro CE/PI, quanto pela prefeitura de Fortaleza. Entre os pontos levantados pela categoria petroleira está o valor da venda, fechada em U$$ 34 milhões, 55% abaixo da estimativa de valor de marcado e os prejuízos econômicos para toda a região. Já a prefeitura de Fortaleza denunciou a venda alertando que não foi informada, uma vez que parte do terreno onde está localizada a refinaria é uma concessão municipal feita em 1967 por tempo indeterminado para fins de interesse social. Ou seja, o lucro não era prioridade nem daquela gestão nos anos 60, tampouco dos petroleiros em 2023, que entendem a estatal como uma ferramenta para o pleno desenvolvimento da região e do país.  

Para o presidente do Sindipetro-CE/PI, Fernandes Neto, a venda representa um grande risco de desabastecimento dos produtos produzidos, em razão da criação do monopólio privado na região. “O impacto econômico e social será muito grande para o estado. Continuaremos na luta para conseguir reverter essa venda”, reforça.

A estatal, que possui mais de 500 trabalhadores e trabalhadoras, é responsável por cerca de 10% da produção de asfalto no País, além de lubrificantes para usos nobres. Vale destacar ainda que a Lubnor abastece todos os estados no Nordeste e fornece derivados para os estados do Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins.

Uma das preocupações do sindicalista está relacionada ao abastecimento interno, sobretudo os óleos combustíveis marítimos.” Se a empresa resolver não produzir ou preferir exportar a produção, como aconteceu na Bahia, esses navios precisarão abastecer em outro porto. Uma empresa privada não tem o compromisso com o abastecimento do mercado interno. Se for mais lucrativo, eles podem preferir exportar. A Petrobrás tem como prioridade o abastecimento do mercado interno”, explica.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou ainda que em paralelo à luta dos trabalhadores da Lubnor, houve atos e manifestações nas bases do Sindipetro AM (Reman), do Sindipetro PE/PI (Refinaria Abreu e Lima e Terminal de Suape), Sindipetro BA (Taquipe), Sindipetro ES (UTGC), Sindipetro MG (Regap), Sindipetro Caxias (Reduc), Sindipetro NF (Heliporto do Farol), Sindipetro Unificado (Recap), Sindipetro PR/SC (Six e Repar) e Sindipetro RS (Refap). O que demonstra uma clara convicção dos trabalhadores da necessidade da completa estatização da Petrobrás.

E essa luta não deve parar. É preciso intensificar a mobilização dos petroleiros e de todos os trabalhadores, sejam eles das atividades que orbitam o setor ou não, e que ela deve se tornar geral com foco principal na reestatização da Petrobrás.

100% estatal!

A discussão que se configura no cenário nacional e que enfrenta forte oposição da imprensa liberal tende a ser derradeira para a reestatização da Petrobrás em um futuro próximo.

Trata-se da nova política de preços proposta pela empresa. De forma prática ela se propõe a “desdolarizar” a indexação de preços para a comercialização interna, tornando o produto viável, colocando um fim na Política de Paridade Internacional (PPI), instituída em 2016 no governo Temer e que foi um apontamento para a comunidade internacional a serviço de quem o Estado Brasileiro estava. E não era o lado do brasileiro e da soberania nacional.

Esse plano, ainda que bastante modesto e aquém das necessidades do povo brasileiro, é um apontamento para a direção que se espera seguir. Ou seja, dinamizar o mercado interno, com políticas que atendam a sociedade brasileira, mas sobretudo estimulando o sentimento nacional de que Petrobrás vale a pena e que deve retornar para os braços do brasileiro.

A serviço de quem?

É claro que mesmo com o otimismo de que a proposta de alteração da política de preços da Petrobrás pode ser um direcionamento para sua reestatização, não se pode esquecer os lobos em pele de cordeiros.

É o caso de Marina Silva, ministra do meio ambiente. Com sua oratória mansa e sua agenda ambiental tem cativado parte da Intelligentsia brasileira, inclusive a dos ditos progressistas.

A ligação com ONGs internacionais de políticas ambientais reitera seu descompromisso para os interesses nacionais. A alegada “decisão técnica” tomada pelo IBAMA proibindo a Petrobrás de iniciar o estudo para exploração do petróleo no Amazonas, e corroborada pela ministra, reitera a serviço de quem ela está.

Sua agenda, alinhada aos propósitos internacionais, impede o crescimento e coloca em xeque a soberania do país. É necessário ter em mente que o petróleo é o principal ativo de um território. E já foi motivo por guerras inteiras. Mas no Brasil temos condições de poder, dentro do nosso quintal, explorar esse ativo para gerar riqueza para o povo.

Desta forma se faz necessária uma revisão do conceito acerca destes interesses escusos. Enquanto as florestas de outras nacionalidades, recursos minerais e outras riquezas foram exploradas à revelia de preocupações ambientais, por qual motivo bateu a consciência ambiental nestes agentes internacionais em relação às nossas riquezas?

É preciso estar atento e forte. Nunca, nada é o que parece ser. E o que é nosso, deve permanecer nosso e subsidiar melhores condições de vida e trabalho para os brasileiros e desenvolvimento econômico para o país. 

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