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Rei Pelé

Pelé e o Palmeiras

O rei do futebol e o Palestra Itália dividiram momentos intensos que provocaram muita euforia no povo brasileiro. Esses podem ser descritos tanto dentro como fora de campo, é bom r

O rei do futebol e o Palestra Itália dividiram momentos intensos que provocaram muita euforia no povo brasileiro. Esses podem ser descritos tanto dentro como fora de campo, é bom relembrar todos os episódios tão importantes que marcaram a cultura futebolística mundial.

Craques do Palmeiras introduziram o rei ao futebol

No começo da carreira, Pelé contou com a ajuda de dois craques de bola que jogaram pelo Palmeiras: Waldemar de Brito e Jair Rosa Pinto. Waldemar que foi atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1934 e do Palmeiras entre 1945 e 1946, foi o descobridor do camisa 10, sendo o responsável por levá-lo da base do Bauru Atlético Clube ao Santos, em 1956.Já em seus primeiros passos na Vila Belmiro, o jovem Pelé recebeu conselhos do experiente companheiro de equipe Jair, meia do Brasil na Copa de 1950 e um dos heróis do título mundial de 1951 do Palmeiras, onde atuou até 1954, antes de rumar para o Santos. O ídolo santista Pepe comentou que “O Jair era um professor para todos nós e ensinava muita coisa ao Pelé”.

Partidas memoráveis

  Pelé enfrentou o Palmeiras pela primeira vez no dia 15 de maio de 1957. O duelo, válido pelo Torneio Rio-São Paulo, foi disputado no Pacaembu e terminou com a vitória santista por 3 a 0 – o rei do futebol fez dois gols. Já a última partida em que o Verdão confrontou o camisa 10 ocorreu em 9 de setembro de 1974, também no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista, e acabou empatada em 0 a 0.

Durante esse período de mais de 17 anos, Pelé enfrentou o Palmeiras em 57 ocasiões, venceu 28 e sofreu 17 derrotas. Ainda no clássico, o Rei anotou 33 gols, ficando com uma média de 0,6 gols por jogo. O Palmeiras, grande rival do Santos de Pelé, impediu o Peixe de conquistar o bicampeonato paulista em três temporadas nos anos de 1959, 1963 e 1966. Pelé, porém, marcou o gol do título paulista de 1960, e foi decisivo nos clássicos que definiram o campeão da Taça Brasil em 1964 e 1965, marcando um gol em cada final.

  Palmeiras e Santos proporcionaram confrontos memoráveis como, por exemplo, em 6 de março de 1958, o Santos derrotou o Palmeiras por 7 a 6, no Pacaembu, pelo Rio-São Paulo – foi a primeira e única vez em que um clássico estadual envolvendo dois grandes do país teve 13 gols. Depois de terminar a etapa inicial em desvantagem de 5 a 2, os palestrinos chegaram a virar para 6 a 5, mas tomaram dois gols no final. “Muitos dizem que foi o jogo do século. Houve tanta emoção que alguns torcedores morreram do coração”, lembra-se Mazzola, autor de dois tentos alviverdes naquela noite.

Supercampeonato paulista

Na época do Supercampeonato paulista, o time palmeirense era comandado por Oswaldo Brandão.

Embora Palmeiras e Santos tenham dominado o futebol brasileiro na década de 1960, aqueles disputaram apenas uma final durante a chamada Era Pelé, já que a maioria dos campeonatos eram de pontos corridos. Foi somente em 1959, que isso mudou, quando os clubes decidiram o Supercampeonato Paulista, assim apelidado em razão do elevado nível técnico demonstrado pelas equipes que participaram do torneio e pela necessidade de uma melhor-de-três para definir o campeão. E o Porco levou a melhor, acabando com uma temporada sem títulos que havia durado por oito anos, desde o Mundial de 1951.

Naquela competição, também disputada em sistema de pontos corridos, os dois clubes terminaram empatados na primeira posição, o que forçou a realização de três partidas extras. Após dois empates, o Palmeiras venceu o terceiro e decisivo duelo por 2 a 1 – Pelé abriu o placar para o time alvinegro, mas Julinho e Romeiro viraram para a equipe palestrina.

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Pelé e Julinho Botelho, ponta-direita do Palmeiras de 1959

Um dos destaques daquela inesquecível decisão foi o zagueiro palmeirense Aldemar, considerado pelo próprio ídolo santista o melhor marcador que teve pela frente em sua carreira.

Realeza europeia vem ao Pacaembu disfrutar o melhor do futebol

Dois clássicos entre Palmeiras e Santos foram assistidos pela Realeza europeia. No dia 18 de março de 1962, o príncipe britânico Phillip, marido da então Rainha Elizabeth, compareceu ao Pacaembu para assistir a um amistoso organizado em sua homenagem – Pelé fez dois gols na vitória do Santos por 5 a 3.

Já em 8 de abril de 1967, foi a vez de o príncipe Bertil da Suécia visitar o mesmo Pacaembu para ver o triunfo do Palmeiras sobre o Santos por 2 a 1, com dois gols de César Maluco. A partida foi válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, nome de um dos Campeonatos Brasileiros disputados naquele ano.

Duelo de Titãs: Ademir da Guia X Pelé

Durante a década de 1960, Santos, com Pelé, e Palmeiras, com Ademir da Guia, dividiram o protagonismo no futebol brasileiro. Durante as 55 partidas em que os clubes se enfrentaram com Pelé em campo, o retrospecto é muito favorável ao Peixe. Ao todo, foram 16 vitórias alviverdes, 12 empates e 27 vitórias do Santos de Pelé.

Ademir da Guia, ídolo do Palmeiras, e Pelé, durante uma partida de futebol. (Foto: Reprodução)

Ademir da Guia, ídolo do Palmeiras, e Pelé, durante uma partida de futebol. (Foto: Reprodução)

Pelé nos cinemas interpretado por um jogador palmeirense

Pelé teve um filme lançado sobre a sua vida quando tinha apenas 21 anos, idealizado por Fábio Cardoso, “O Rei Pelé” teve em seu elenco o próprio rei da bola, além de atores que o interpretaram em diferentes momentos de sua trajetória dentro e fora de campo. E o adolescente Pelé foi vivido na tela grande por Luís Carlos Feijão, que atuou nas categorias de base do Palmeiras e chegou a ser jogador profissional.

Comemoração do milésimo gol de Pelé

O verdão esteve presente até mesmo no milésimo gol do Pelé! Uma semana depois de Pelé marcar o seu milésimo gol, em uma partida no Maracanã, o Santos enfrentou o Botafogo no Parque Antarctica, estádio do Palmeiras, no dia 26 de novembro de 1969. Antes do jogo, a diretoria alviverde prestou uma homenagem ao Rei do Futebol pela marca alcançada. O diretor de futebol da época, José Gimenez Lopes, e os jogadores Leão, Baldochi e Cabralzinho entraram em campo para entregar uma placa de prata ao Rei.

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A diretoria do Palmeiras prestando uma homenagem após o milésimo gol do Rei

Despedida do Palmeiras

O futebol se despediu do Rei Pelé em uma quinta-feira na data de 29 de dezembro de 2022. Aos 82 anos, o maior ídolo da história do futebol faleceu por conta de complicações vindas de um câncer no cólon. O Palmeiras decretou luto oficial de sete dias, com bandeiras a meio mastro em frente à sua sede oficial. “A presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, Leila Pereira, decreta luto oficial por sete dias em homenagem ao Rei Pelé, maior atleta de todos os tempos, que morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em São Paulo (SP). Durante esse período, as bandeiras do Palmeiras, do Brasil e do estado de São Paulo, localizadas em frente à Praça dos Bustos na sede social, permanecerão hasteadas a meio mastro”, divulgou o Palmeiras.

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