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Brasília

PCO e Comitês de Luta realizam evento contra embargo a Cuba

Confira cobertura do Diário Causa Operária no evento que marcou o início da luta contra as sanções imperialistas a Cuba neste ano no Brasil

Nesse sábado (25), o Partido da Causa Operária (PCO), em conjunto com os Comitês de Luta e o Sindicato dos Bancários, realizou um evento contra os embargos imperialistas a Cuba que, desde a década de 60, são impostas principalmente pelos Estados Unidos sobre a ilha.

“Estamos aqui em solidariedade ao povo cubano contra o embargo imperialista à ilha. É uma atividade muito importante que, inclusive, se repetirá todos os meses a partir de agora”, afirmou Ricardo Machado, membro da Direção Nacional do PCO e diretor do Sindicato dos Bancários, no evento que contou com a participação de cerca de 100 pessoas e ocorreu no Teatro dos Bancários, em Brasília.

Na ocasião, além de um discurso por parte do embaixador de Cuba, que esteve presente no evento, realizou-se o sorteio da primeira Ação Entre Amigos “Vai Pra Cuba!”. No final do ano passado, os Comitês de Luta, como forma de arrecadação financeira, promoveram a ação que sorteou uma passagem a Cuba, por uma semana, com direito a acompanhante.

O vencedor foi o sindicato que, então, decidiu sortear o prêmio entre a categoria, especificamente aqueles que contribuíram com a campanha “Quem tem Pressa tem Fome”. O vencedor do sorteio foi Flávio de Almeida Souza, do Banco do Brasil, que, portanto, terá direito a visitar a ilha paradisíaca com um acompanhante de sua escolha.

Cabe ressaltar que os Comitês de Luta estão realizando um segundo sorteio da Ação Entre Amigos “Vai Pra Cuba!”, que será utilizado para viabilizar a III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, um dos grandes destaques do evento em questão. Aqueles que quiserem contribuir e concorrer a uma viagem para Cuba com direito a não um, mas dois acompanhantes, podem acessar este link e adquirir já os seus números.

A Loja do PCO também esteve presente, vendendo materiais importantes relativos à teoria marxista, bem como o tradicional Jornal Causa Operária e a mais nova publicação da organização revolucionária, o Dossiê Causa Operária.

Iniciada a palestra, durante seu discurso, Adolfo Curbelo, embaixador cubano, foi preciso ao denunciar o que ele caracterizou como uma “ação criminosa e genocida” por parte dos Estados Unidos contra Cuba, destacando como as sanções econômicas unilaterais americanas afetaram o desenvolvimento do país caribenho e, consequentemente, como afetaram a vida do povo cubano.

“O bloqueio é uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos de todos os cubanos. É um ato de crueldade que afeta os setores mais sensíveis da sociedade cubana”, afirmou.

Nesse sentido, Adolfo destacou dados importantíssimos que mostram que o bloqueio dos EUA contra Cuba não é somente criminoso, como também, genocida.

“Os danos acumulados durante seis décadas desta política totalizam 150.410,8 bilhões de dólares. Levando em conta a depreciação do dólar em relação ao valor do outro, o bloqueio causou prejuízos quantificáveis de mais de 1.326.432 bilhões de dólares.

O efeito cumulativo que gera desabastecimento e escassez não pode ser ignorado, e as dificuldades na aquisição de alimentos, medicamentos e insumos para desenvolver processos econômicos e produtivos não podem ser quantificadas, mas têm um impacto inegável na vida cotidiana do povo”, destacou o embaixador.

O desastre causado pelos EUA evidenciou-se de maneira mais gritante durante a crise da COVID-19 que, segundo o diplomata cubano, foi utilizada pelos Estados Unidos para impor um regime econômico ainda mais cruel sobre Cuba, impedindo que o país tivesse acesso a insumos essenciais para o combate à pandemia. O povo cubano, porém, superou essas dificuldades e fez com que Cuba se tornasse o “primeiro país do mundo a realizar uma campanha massiva de vacinação contra a COVID-19 na população pediátrica de 2 a 18 anos”.

Por fim, após destacar os danos imateriais causados pelos embargos imperialistas, bem como demonstrar que o governo Biden, considerado pela esquerda pequeno-burguesa como o “mal menor”, manteve todos os ataques a Cuba; Curbelo afirmou que os EUA não passaram impunes dos ataques a seu país, destacando, nesse sentido, a mobilização em torno da solidariedade a Cuba.

“Enquanto o governo dos EUA persiste em ignorar arrogantemente as 29 resoluções adotas pela Assembleia Geral das Nações Unidas exigindo o fim do bloqueio, cresce um fervoroso clamor dentro daquela nação e em todo o mundo por um fim imediato e incondicional desta política”

Compondo a mesa e coordenando o evento, estava Expedito Mendonça, membro da Direção Nacional do PCO e da Coordenação dos Comitês de Luta. Além disso, ao lado do embaixador cubano, estava Gadiel Arce, embaixador da Nicarágua no Brasil, e Manuel Vicente Vadell, embaixador da Venezuela no Brasil. Ambos foram recentemente nomeados aos seus respectivos cargos, mas já deixaram claro sua pretensão em fortalecer a luta anti-imperialista e aumentar cada vez mais a cooperação entre os seus países e o Brasil. “Essas são lutas históricas”, afirmou Gadiel.

Ao final do evento, que ofereceu um coquetel de entrada e de finalização aos seus participantes, Jorge Almeida, militante da luta sem terra, lançou o livro Reescrevendo sentenças – a poesia por trás das grades, que conta a sua vida no cárcere após ter sido injustamente preso por sua atuação no movimento popular. Ele foi acusado, por exemplo, de ter roubado um grampeador durante uma ocupação em um agência do Banco do Brasil e, por isso, foi sentenciado a sete anos na prisão. Uma demonstração da arbitrariedade de seu processo e da perseguição política que sofreu.

Diversos outros movimentos sociais e partidos de esquerda estiveram presentes no evento, como é o caso de Erika Kokay, deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Distrito Federal. Acima de qualquer coisa, todos os presentes se colocaram firmemente ao lado de Cuba, Nicarágua, Venezuela e, de maneira geral, em defesa dos povos oprimidos contra o imperialismo no mundo todo.

Finalmente, como destacou o embaixador cubano e os demais participantes, o evento marcou um episódio importante na luta contra os embargos a Cuba e, consequentemente, contra o imperialismo e a sua ingerência nos demais países do mundo. Trata-se de um passo essencial que será seguido por dezenas de outras manifestações e eventos ao longo do próximo ano.

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