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Não são iguais

Para qual casa uma criança palestina deve voltar?

Não foi o sentimentalismo que parou os nazistas alemães em Stalingrado. Os palestinos precisam reagir, de outro modo serão exterminados

Na coluna “A guerra contra as crianças” publicada no jornal O Globo (6/11/2023), o jornalista e ex-parlamentar do Partido Verde, Fernando Gabeira, colocou no mesmo barco “crianças sequestradas pelo Hamas e crianças presas em Israel”. Trata-se de uma manobra retórica para possibilitar a equiparação entre oprimidos e opressores. “Uma troca pura e simples, sem considerações aritméticas, do tipo um por um”, continua Gabeira, acrescentando, “todas deveriam voltar para suas casas, no caso de ainda terem uma.” Ocorre que nem todas as crianças têm uma casa para voltar e as que encontram-se no lado das desabrigadas, estão todas do lado palestino, expondo a falácia da argumentação do ex-parlamentar.

Como dizem os militantes da causa Palestina, Israel não consegue provar que as supostas chacinas de idosos, mulheres e crianças são verdadeiras. Depõe contra a propaganda israelense o relato do brasileiro que estava na festa que ocorria no dia da ação palestina, segundo o qual, o Hamas não atirou deliberadamente contra os participantes do evento musical, mas respondeu ao fogo israelense.

Além disso, a idosa de 85 anos feita refém, mas solta pelos militantes foi também muito clara ao expressar que seus capturadores em nenhum momento a maltrataram, pelo contrário. O mesmo não pode ser dito dos sionistas.

A brutalidade israelense contra as crianças palestinas é histórica, sendo recorrentes as imagens que mostram a repressão e em tempos de guerra, a mortandade alucinada de crianças. A equivalência pretendida por Gabeira simplesmente não existe em termos concretos. Sequer é possível afirmar taxativamente que o Hamas mantém crianças israelenses reféns, uma vez que as mentiras da propaganda pró-Israel são imensas, como mostra o recorrente caso dos “bebês decapitados”, uma farsa já desmentida, mas que segue povoando as publicações da direta.

De resto, o artigo traz considerações de tipo moralista, tais como “vale a pena defender ou criar um Estado a partir do massacre de crianças?” Ora, o problema é como resistir a uma opressão de uma força muito bem armada e sem nenhum escrúpulo, capaz inclusive de massacrar crianças, como reconhece o autor.

Seria lindo se as diferenças entre sionistas e palestinos pudessem ser resolvidas em uma partida de xadrez, mas isso simplesmente não acontecerá. Após quase 100 anos de ataques atrozes, desde os primeiros atentados contra os povos palestinos ainda na época do grupo terrorista Hagná, criado para implementar o terror entre os árabes do então protetorado britânico da Palestina.

Israel é um instrumento do imperialismo, criado para controlar o Oriente Médio, uma das regiões mais sensíveis do globo, devido à presença dos grandes poços de petróleo. Além da mercadoria, é também um importante canal de comunicação entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo. Esse é o fundo econômico e político da questão, o que não será alterado fechando-se os olhos para o fato de que Israel existe para oprimir e submeter o Mundo Árabe.

Da mesma forma que não foi o sentimentalismo que parou os nazistas alemães em Stalingrado, os palestinos precisam reagir, de outro modo serão exterminados. Tratá-los como iguais é ótimo para os sionistas, mas além de não melhorar nada para os palestinos, os coloca sob ameaça de um abate. Não podemos tratar as crianças israelenses e as crianças palestinas, como diz o autor, como “um mais um”. Elas são, de fato, muito diferentes.

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