A União Europeia recebeu pedidos da República Checa e da Eslováquia para evitar a interrupção do fornecimento de petróleo russo pelo oleoduto Druzhba, conforme anunciado pelo presidente da Transneft, Nikolay Tokarev, nesta quarta-feira (20).
Em uma entrevista à Rossiya 24, Tokarev destacou a falta de acesso ao mar por parte da República Checa e da Eslováquia, tornando o petróleo russo via Druzhba essencial para ambos os países. Embora a República Checa ainda receba pequenos volumes de petróleo por meio de outro oleoduto europeu, Tokarev ressaltou que essa alternativa não é suficiente para atender às necessidades do país.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, confirmou o compromisso contínuo do país em refinar o petróleo bruto russo e exportar combustíveis. A Eslováquia havia obtido uma prorrogação de um ano para a isenção que permite a venda de produtos petrolíferos de origem russa à República Checa, cujo regulamento expirara em 5 de dezembro.
Apesar das sanções da UE sobre o petróleo russo, a Eslováquia mantém o direito de vender e exportar produtos derivados desse petróleo para a República Checa. Em novembro, o presidente do parlamento eslovaco, Peter Pellegrini, alertou sobre a possível interrupção do fornecimento de petróleo na Europa caso a isenção de Bratislava das sanções não fosse garantida.
Desde o início da operação militar na Ucrânia, o imperialismo impôs sanções à Rússia, afetando suas receitas no setor energético. O conflito também interrompeu o fornecimento de gás russo para a Europa, resultando em aumento de preços e escassez, levando os países a buscar alternativas.
Neste sentido, Tokarev informou que a Rússia expandiu suas exportações de petróleo, vendendo aproximadamente 100 milhões de toneladas para a China e 70 milhões de toneladas para a Índia. Além disso, a Rússia está explorando novos destinos, como Egito, Marrocos, Birmânia e Paquistão.
A Transneft planeja operar uma estação de bombeamento na província russa de Irkutsk em 2024, possibilitando o fornecimento adicional de sete milhões de toneladas anuais de petróleo para a China por via-férrea e pelo porto de Kozmino, no Mar do Japão.