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Pro-imperialismo

Os “trotskistas” que não perdem a oportunidade de atacar Cuba

Correntes do PSOL e Esquerda Diário se aliam com o imperialismo a pretexto de defender a "liberdade de expressão"

Recentemente, ao menos duas organizações da esquerda pequeno-burguesa trouxeram em seus portais reportagem e entrevista sobre a situação de Alina Bárbara López, que foi presa, segundo denunciam esses artigos, em abril por protestar contra a detenção, por algumas horas, o escritor e editor cubano Jorge Fernández Eras.

As informações são bem limitadas, mas tudo indica que Alina não está mais presa.

O que importa aqui é justamente debater a atitude de setores da esquerda pequeno-burguesa quando o assunto é Cuba.

Alina é escritora e se denomina “criadora de conteúdo digital” em suas redes. Ela também escreve para um portal jornalístico chamado La joven Cuba.

Chama a atenção a pressa com que setores da esquerda correm para atacar a suposta ditadura cubana, usando casos como esse para justificar sua posição.

A corrente do PSOL chamada CST (Corrente Socialista dos Trabalhadores), que em várias ocasiões apresenta uma política pró-imperialista, publicou artigo em 10 de abril dizendo: “Libertem a intelectual cubana Alina Bárbara López!”. Ali, está dito o seguinte: “É incrível o medo que um simples humorista, ou o fato de uma mulher com um pequeno cartaz ir a um parque, pode gerar na burocracia cubana”.

Segundo a corrente do PSOL, que publica uma nota assinada por “Comitê Editorial de Comunistas”, o regime cubano seria uma terrível burocracia ditatorial que prendeu por algumas horas uma intelectual.

Deixemos de lado os detalhes dos acontecimentos, dos quais não temos conhecimento. Chama a atenção que organizações da esquerda que se dizem revolucionárias tratem o regime cubano tal como um inimigo.

O imperialismo diz: “ditadura cubana”, a esquerda pseudo-revolucionária diz: “ditadura da burocracia”. Na prática, estão agindo em total harmonia contra o povo de Cuba.

A versão em espanhol do Esquerda Diário, órgão ligado ao MRT no Brasil, publicou uma entrevista com Alina, apresentando-a como grande vítima dessa “ditadura”.

A entrevista revela que Alina esteve a favor das últimas manifestações apoiadas pelo imperialismo, ocorridas em julho de 2021:

“Alina sofreu recentemente perseguição e assédio por suas posições políticas e por protestar pacificamente em sua cidade, Matanzas, exigindo a libertação dos presos políticos detidos pelos protestos de 11 e 12 de julho e o fim do assédio de pessoas que exercem sua liberdade de expressão”

Não temos nenhum interesse de avaliar as intenções de Alina. Contudo, qualquer grupo de esquerda sério deveria considerar que as manifestações foram impulsionadas pelo imperialismo. Isso significa que qualquer pessoa de esquerda deveria se colocar contra o imperialismo, independentemente da posição ideológica e política que se tenha sobre o regime cubano.

A última coisa que uma organização de esquerda deveria fazer é se aliar ao imperialismo. Se Alina é de esquerda, não sabemos, mas é vergonhoso que o Esquerda Diário e a CST estejam divulgando uma política contrarrevolucionária. O PSTU, na mesma linha, saiu na rua junto com a direita, para protestar contra o regime cubano.

A obrigação da esquerda é se solidarizar não apenas com Cuba, mas com todos os países oprimidos pelo imperialismo.

Suponhamos que um grupo de esquerda avalie que uma determinada ação, como a que aconteceu contra Alina, foi equivocada. O normal seria procurar um acordo, uma negociação, sempre num terreno diplomático, para que o problema fosse resolvido. Nunca se aliar com o imperialismo para atacar o regime.

Não levar em consideração o bloqueio econômico, as pressões imperialistas contra Cuba, é uma política reacionária. Não há meia palavras.

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