Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Resistência revolucionária

Os grupos armados que estão apoiando a Palestina

Enquanto os governos do mundo todo assistem o massacre contínuo dos palestinos, grupos armados agem em defesa dos palestinos

Há mais de 20 dias, quando o Movimento de Resistência Islâmica, conhecido pela sua sigla em árabe, Hamas, lançou uma operação militar contra o Estado de Israel, o exército israelense, com o apoio dos EUA, tem realizado uma tentativa de extermínio da população palestina na Faixa de Gaza. Na madrugada do dia 28 de outubro, Israel, além de deixar a população palestina sem água, energia, suprimentos, cortou totalmente o acesso à internet enquanto cem aviões bombardearam por 5 horas a extensão de 365 quilômetros quadrados com quase 2 milhões de habitantes. Deixando toda essa população incomunicável com o resto do mundo, para poder bombardear a vontade da população e não ter os seus feitos mortíferos a conhecimento do resto do mundo.

As imagens do morticínio dos palestinos tem causado manifestação em massa por todos os países do mundo, não só a população árabe tem saído às ruas em solidariedade do povo palestinos, mas pessoas de todas as nacionalidades, etnias e religiões. Inclusive, há movimentos de judeus anti sionistas protestando nas ruas contra o extermínio em curso causado por Israel.

Ao contrário das massas de pessoas comuns que estão saindo em marcha pelo cessar-fogo na Palestina, não há nenhum governo no mundo que esteja fazendo algo concreto pelo fim do genocídio. Apesar de alguns discursos mais inflamados, como é o caso de Edorgan, presidente da Turquia, contra Israel. De concreto, nenhum país agiu diretamente para o fim do mortal ataque israelense.

Antes mesmo das grandes manifestações em apoio à Palestina, são os grupos armados que se colocaram em defesa dos palestinos, grupos o Hezbollah, Ansar Allah, um partido revolucionário islâmico e o “Popular Mobilization Front”. Esses grupos representam a resistência do povo palestino contra o massacre que estão submetidos há décadas. A direita, junto à propaganda imperialista, denomina todos esses grupos como terroristas, porém, todos eles são organizações políticas que atuam pela libertação das populações oprimidas pelo imperialismo. São eles:

Hesbolá

O Hesbolá, conhecido como o Partido de Deus, é um dos mais conhecidos. No entanto, no Brasil, há pouca compreensão sobre essa organização, e há até os menos conscientes dentro da esquerda, que consideram válido o rótulo de terrorista que a imprensa tanto repete.  O Hezbollah emergiu da luta palestina pela autodeterminação e contra a ocupação israelense, com raízes na população xiita do sul do Líbano e inspiração da Revolução Iraniana de 1979.

Em 1982, durante uma guerra de 22 anos desencadeada pela invasão israelense após conflitos entre a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e Israel, o Hezbollah foi fundado como uma organização de resistência nacional. Sua luta resultou em vitórias militares notáveis contra Israel em 2000 e 2006, consolidando sua reputação como uma ameaça para Israel. Apesar das crises no regime libanês dividido por afiliações religiosas, o Hezbollah permanece como a organização mais poderosa no Líbano, fortalecendo sua presença regional ao combater grupos como o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Neste momento, o Hezbollah é um aliado crucial dos palestinos contra o massacre de Israel, tem participado constantemente de ações contra o exército israelense e a ameaça de atuar com mais força no conflito preocupa Israel. Vários relatórios sugeriram que os diplomatas ocidentais procuraram manter o grupo armado xiita fora do conflito emergente. O USS Gerald R Ford, um porta-aviões nuclear, está estacionado no Mediterrâneo Oriental, no que é visto por muitos analistas como uma tentativa dos EUA de dissuadir essa eventualidade, que poderá anunciar uma fase muito mais violenta dessa guerra.

Ansar Allah

Ansar Allah, também conhecido como os Hutisi, é um grupo rebelde iemenita. O grupo surgiu em meados dos anos 2000 na região de Saada, no noroeste do Iêmen, representante da comunidade Zaidi, uma vertente do islamismo xiita.
Ansar Allah entrou em conflito com o governo iemenita, liderado por Ali Abdullah Saleh, o grupo se organizava contra a repressão dos zaiditas pelo governo, como resultado, ganhou grande apoio da população no norte do Iêmen.

O conflito evoluiu para uma série de confrontos armados entre Ansar Allah e as forças do governo pró-imperialista. Em setembro de 2014, o grupo tomou a capital iemenita, Sanaa, e dissolveu o governo. O movimento armado Houthi, Ansarallah, assumiu o controle do norte do Iémen, incluindo Hodeida, o maior porto do país no Mar Vermelho, em 2014. Em janeiro de 2015, o presidente iemenita Abd-Rabbu Mansour Hadi renunciou.A Arábia Saudita, apoiada pelos Estados Unidos, interveio em março de 2015 em apoio ao governo de Hadi.

Mesmo assim, Ansar Allah consolidou seu controle sobre partes significativas do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa, bem como áreas no norte e oeste do país. O grupo mantém um forte apoio das comunidades Zaidis na região e tem apoio e financiamento do Irã.

A escalada da violência fez com que os Houthis expressassem a sua disponibilidade para se envolverem caso os EUA apoiassem Israel. A sua posição oficial – evidenciada pelo seu slogan “Morte à América, Morte a Israel” – o grupo é abertamente anti-imperialistas e já tentou bombardear Israel com mísseis que foram interceptados.  

No meio da situação atual, tem promovido ativamente o sentimento de resistência contra o imperialismo e o sionismo nos seus territórios, incluindo comícios organizados e apoio liderado por influenciadores ao Hamas.

Em 10 de Outubro, o líder Houthi Abdumalik al-Houthi emitiu explicitamente uma ameaça, alertando que as suas forças atacariam o tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho com drones e foguetes se os Estados Unidos interviessem militarmente na guerra de Gaza. Ele disse que o grupo estava totalmente preparado para fazê-lo e estava em coordenação com outros membros do Eixo de Resistência do Irã no Líbano e no Iraque.

Ameaça de fato cumprida, dez dias depois da ameaça pública de al-Houthi, o Pentágono disse que um naval de guerra da Marinha dos EUA operando no norte do Mar Vermelho interceptou três mísseis de cruzeiro e vários drones lançados do Iemen e voando para o norte ao longo da costa. Um alto funcionário Houthi confirmou mais tarde que Israel tinha sido o alvo.

A Mobilização Popular (PMF)

A Mobilização Popular, também conhecida como Mobilização Nacional e abreviada como PMF (Popular Mobilization Forces), é uma organização guarda-chuva iraquiana composta por cerca de 40 milícias e grupos paramilitares, principalmente xiitas. Ela foi formada em resposta à ameaça representada pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) em junho de 2014, unindo diversas milícias sob a coordenação do Ministério do Interior iraquiano. As milícias que fazem parte da PMF são treinadas e apoiadas pelo Irã através do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica.

Anteriormente, muitas dessas milícias eram conhecidas como “Grupos Especiais” e lutaram contra o governo iraquiano e a Coalizão Internacional liderada pelos Estados Unidos. Alguns exemplos de grupos que se enquadram nessas categorias são o Kata’ib Hezbollah (o Hezbollah iraquiano), o Exército Mahdi e a Organização Badr.

O grupo também tem alertado sobre a possibilidade de atuarem diretamente em defesa dos Palestinos. Kataib Sayyid al-Shuhada, uma milícia iraquiana que faz parte das Forças Populares de Mobilização (PMF, ou Hashd al-Shaabi em árabe ) e extensivamente ligada ao Irã, alertou os EUA em uma declaração do dia 08 de outubro:

“Se a América intervier diretamente nos eventos que ocorrem lá para apoiar a entidade em colapso [Israel], toda a presença americana na região se transformará em alvos legítimos para o eixo de resistência,” disse uma declaração do group’ chamado Conselho Jihadi.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.