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Relatório do governo cubano

Os efeitos nefastos do bloqueio a Cuba durante a pandemia

Durante o ano de 2021, a ilha chegou a perder 13% de seu PIB

O setor da saúde continua sendo um dos mais atingidos pelo bloqueio. Somente nos primeiros sete meses de 2021, essa apólice causou perdas no valor de 113 milhões, 498 mil e 300 dólares.

Os principais prejuízos decorrem da impossibilidade de adquirir tecnologia médica dos Estados Unidos ou com mais de 10% de componentes daquele país. Medicamentos, equipamentos, dispositivos médicos, reagentes e outros insumos utilizados na assistência médica têm que ser obtidos em mercados geograficamente distantes e muitas vezes por meio de intermediários, com notável aumento de preços. A natureza extraterritorial do bloqueio dificulta a compra de peças de reposição, a manutenção e a reposição de equipamentos para atendimento médico e de pesquisa.

Este sistema de medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos contra Cuba viola o direito à vida e à saúde de todos os homens e mulheres cubanos. Como resultado desta política, o povo cubano tem enfrentado a escassez de medicamentos e equipamentos médicos, incluindo suprimentos de oxigênio e ventiladores pulmonares, kits de proteção, peças de reposição, combustível, eletricidade, entre outros recursos essenciais para a sustentabilidade do sistema de saúde.

Estas deficiências têm impacto não só nas capacidades do país para lidar com a COVID-19, como também causam dificuldades quotidianas para as pessoas adquirirem atempadamente medicamentos essenciais para o tratamento de doenças crónicas, como insulina, antibióticos, analgésicos, medicamentos usados ​​para controlar pressão arterial, anti-histamínicos e outros.

Tudo isso prejudica a qualidade dos serviços prestados à população cubana, pois geram atrasos, listas de espera para receber atendimento médico especializado, aumento de internações e outros efeitos negativos.

A seguir, listamos alguns exemplos de danos causados ​​pelo bloqueio no atendimento prestado pelo sistema de saúde cubano a grupos vulneráveis ​​da população:

Efeitos em pacientes com doenças cardiovasculares
No período analisado, as restrições do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos impactaram na escassez de medicamentos essenciais para essas condições, como anticoagulantes, furosemida, nitroglicerina e hipotensores.

Danos diretos ao atendimento de pacientes com esse tipo de doença

Estima-se que cerca de 158 mil e 800 pacientes cubanos sejam prejudicados pela impossibilidade de acessar a tecnologia para implantação de válvulas aórticas percutâneas (TAVI). Essas válvulas permitem que pacientes com estenose valvular grave, com apenas um pequeno procedimento cirúrgico, evitem cirurgias complexas, sofram longas internações e tenham melhor qualidade de vida.

A estenose aórtica é uma doença degenerativa, afetando entre 4 e 7 por cento das pessoas com mais de 65 anos. Desses pacientes, aproximadamente 30% não podem ser operados devido a contraindicações derivadas de alguma comorbidade. Levando em conta que a população cubana tem uma alta expectativa de vida e 20% tem mais de 80 anos, o acesso às válvulas TAVI é uma necessidade para muitos pacientes atendidos pelo sistema de saúde cubano.

Cuba não pode acessar dispositivos deste tipo, pois são comercializados por empresas norte-americanas como EDWARD LIFESCIENCE (válvula Edwards-SAPIEN) e MEDTRONIC (válvula CoreValve).

Cerca de 375 pacientes foram prejudicados pela impossibilidade de aquisição de marcapassos definitivos e pela inacessibilidade de insumos, peças e/ou componentes de equipamentos de origem americana, necessários para os procedimentos relacionados às arritmias cardíacas.
Pelo mesmo motivo, cerca de 200 pacientes não puderam ser submetidos à cirurgia cardiovascular por falta de materiais descartáveis, como tubos hemochron, drenos de diversos tipos, clipes mamários para revascularização miocárdica, entre outros.

Efeitos em pacientes pediátricos
Dezenas de crianças cubanas são diagnosticadas anualmente com retinopatia da prematuridade e correm o risco de ficar cegas se não forem tratadas com os meios adequados. O tratamento desses pacientes é limitado pelo fato de Cuba não poder adquirir o modelo IQ 577 Laser System, da empresa americana IRIDEX CORPORATION, destinado ao tratamento de distúrbios da retina e glaucoma.

As crianças cubanas que sofrem de atrofia espinhal infantil poderiam aspirar a uma melhor qualidade e expectativa de vida, se Cuba pudesse ter acesso ao medicamento Nusinersen, produzido apenas pela multinacional norte-americana BIOGEN. Esta droga tem se mostrado eficaz em manter mais da metade das crianças vivas.

Fonte: Ministério das Exteriores da República de Cuba

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