No início do mês de agosto próximo está marcado para acontecer, na cidade de São Paulo, a Conferência Nacional da categoria bancária que definirá os rumos de mais uma campanha salarial dos bancários que tem a sua data base em setembro. Mesmo tendo, a direção do movimento, assinado um acordo em 2022 com validade de dois anos, é de fundamental importância um amplo debate sobre a situação em que os bancários se encontram e quais as tarefas que se colocam para esse próximo período, a fim de que a categoria bancária supere os obstáculos que estão impedindo as diversas lutas dos bancários de serem vitoriosas.
Os bancários são uma categoria fundamental em um regime dominado pelos tubarões do sistema financeiros e precisam ter um papel de destaque na luta contra a política reacionária da direita pró-imperialista que tenta de todas as formas isolar e desmoralizar o governo do Presidente Lula, eleito pelos trabalhadores, e impor uma política de repressão contra os direitos e conquistas dos trabalhadores e suas organizações, cujo o objetivo é avançar nas privatizações, destruição dos bancos públicos e demais estatais que restaram da “privataria” da era reacionária de Collor e FHC e aprofundando os ataques contra os trabalhadores com as suas políticas de arrocho salarial, terceirizações e demissões em massa.
Mesmo com a importante vitória dos trabalhadores com a eleição de Lula, a ofensiva da direita não foi ainda derrotada, pelo contrário se aprofunda, ao ponto em que as ilusões de não haver risco de um novo golpe de Estado no Brasil (como buscam iludir setores importantes da esquerda) estão fora de questão.
Os objetivos do golpe também ficam cada dia mais claros. Basta ver a política de sabotagem no reacionário Congresso Nacional, capitaneada pelo seu presidente, Arthur Lira, como por exemplo no caso da demarcação das terras indígenas, a derrota do governo com a aprovação do Marco Temporal, a manutenção dos juros, na estratosfera, pelo Banco Central com a famigerada “independência” dessa instituição, etc., a política adotada nos estados por eles dirigidos (como os ataques aos funcionalismo e a política de destruição da Educação e Saúde)
Os sindicatos são uma arma fundamental dos trabalhadores contra o aumento da exploração capitalista e, neste momento, mais ainda, precisam atuar como uma frente de luta e unidade dos explorados e na defesa dos interesses dos trabalhadores.
Nesse sentido é necessário, nesta campanha salarial, lutar pela unidade da categoria e também com as demais categorias que, neste período, também estarão em campanha salarial, tais como os trabalhadores dos Correios, Petroleiros e Metalúrgicos. Essa unidade é de fundamental importância para derrotar os banqueiros sanguessugas e a direita golpistas no próximo período. Trata-se de colocar os interesses gerais dos trabalhadores acima das disputas sindicais e dos interesses de grupos.
A direita já vem dando mostras (como no caso da tentativa de destituição do presidente da Previ, um representante legítimo dos trabalhadores; a tentativa de troca da presidência, uma sindicalista, à frente da Caixa Econômica Federal, como moeda de troca para a direita, etc.)
Os bancários estão diante de um momento decisivo e, diante disso, devem lutar nesta campanha salarial pela unidade e lutar para derrotar os planos da direita golpista e dos banqueiros.