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Para sair às ruas

Organizar os Comitês de Luta e mobilizar nos locais de trabalho

Corrente Sindical Nacional Divulga resoluções da III Conferência Nacional e chama a mobilizar a partir dos locais de trabalho e dos sindicatos

Nos boletins sindicais da Corrente Sindical Nacional Causa Operária publicados nesta semana, além do informe para as diferentes categorias sindicais sobre os acontecimentos importantes da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, realizada de 9 a 11 de junho passados, destaca-se a defesa da necessidade de ampliar a construção de e o fortalecimento – dos que já existem – dos Comitês de Luta para impulsionar a luta dos trabalhadores pelas reivindicações centrais dos trabalhadores diante da crise e contra os ataques da direita ao governo Lula e a todo o povo trabalhador.

Da III Conferência, realizada na Quadra dos Bancários, em São Paulo, participaram centenas de trabalhadores, dirigentes e ativistas sindicais. Além da participação nas mesas e debates de companheiros dirigentes, como os secretários sindicais nacionais do PT, Paulo Cayres (metalúrgicos e ex-presidente da Confederação dos Metalúrgicos da CUT), e do PCO, Antônio Carlos Silva, professor e diretor da APEOESP, também participaram dos debates – entre outros – o presidente da CNTE (confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação), Heleno Araújo; o secretário de finanças da APEOESP, Roberto Guido; o secretário-geral da CUT/SP, Daniel Calazans (metalúrgico); e o supervisor do DIEESE/SC, José Álvaro. Também foi realizada uma plenária dos ativistas sindicais presentes que debateu as principais resoluções do encontro e aprovou propostas específicas para a mobilização dos trabalhadores a partir dos locais de trabalho.

Nessa Plenária Sindical, um dos debates mais importantes se deu em torno da necessidade de ampliar e fortalecer os Comitês de Luta nos locais de trabalho, categorias e sindicatos combativos, para agir em todo o País.

Houve um entendimento claro que campanhas como a luta contra os juros altos, contra as privatizações, redução da jornada etc. para terem êxito, necessitam de atos nacionais para surtirem efeito e pressionarem os parlamentares e derrotar a pressão da direita.

Foram aprovadas, dentre outras, as seguintes propostas de organização:

  1. Realização de plenárias estaduais/regionais presenciais e nacional online;
  2. Cursos de formação popular;
  3. Abaixo assinado;
  4. Reunião com entidades, parlamentares e   autoridades para apresentar as resoluções e propor iniciativas;
  5. Comitês de luta nas categorias;
  6. Comitês de luta nos bairros populares e comunidades;
  7. Comitês de luta em escolas e universidades;
  8. Comitês de luta em assentamentos e ocupações no campo e na cidade;
  9. Estabelecer uma frente única de luta pela terra e moradia.

A Plenária Sindical também indicou ao Plenário da Conferência, e foi aprovado, como propostas específicas para a ação no movimento operário, propostas de mobilização tais como:

  1. Divulgar nos boletins sindicais as resoluções da Conferência;
  2. Participar das jornadas de luta pela redução dos juros, a partir de 16/6;
  3. Encaminhar documento resoluções da Conferência à CUT e Sindicatos, destacando a proposta de mobilização pela revogação da reforma trabalhista e pelo fim das terceirizações;
  4. Campanha com a palavra de ordem de “fora os ministros sabotadores do governo”.

Nos próximos meses, realizam-se os Congresso Estaduais da CUT (CECUTs), preparatórios do Congresso Nacional (CONCUT) a ser realizado em outubro.

Isso no ano em que a CUT completa 40 anos e quando, mais do que nunca, pode desempenha um papel decisivo na mobilização dos explorados da cidade e do campo contra a ofensiva da direita golpista que promoveu os maiores retrocessos nas condições de vida do povo brasileiro e procura sabotar as ações do governo Lula e obstruir medidas que permitam um relativo desenvolvimento do País e a melhoria das condições de vida da maioria do povo.

As propostas de luta da III Conferência oferecem um eixo para agrupar os setores classistas, do Bloco Vermelho e outros em uma perspectiva de luta em favor de uma mobilização efetivo dos trabalhadores, em oposição à política de paralisia e expectativa de setores da esquerda e da burocracia sindical.

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