Nas últimas semanas a região oeste da Venezuela, mais precisamente na cidade de Guayana no Estado de Bolivar, sofre com ataques do imperialismo, ondas de violência e tentativas claras de desestabilizar o governo do presidente Nicolás Maduro, a direita tem cooptado trabalhadores para arrumarem conflitos nas empresas onde trabalham provocando caos na produção industrial do país.
A classe trabalhadora agiu rapidamente para conter os mercenários, chamando grandes mobilização dos operários e com discursos inflamados em favor do presidente Maduro e em defesa da Revolução Bolivariana. Nesse sentido, no portão I da Siderúrgica do Orinoco Alfredo Maneiro (Sidor), o governador do estado de Bolívar, Ángel Marcano, reiterou que os trabalhadores da Pátria permanecerão nas ruas para garantir a paz no país. “A Pátria exige que seus filhos a defendam e ninguém impedirá a marcha vitoriosa da Revolução”, enfatizou o presidente regional.
“Não vamos permitir que setores minoritários, que apostam que o país não avançará para a recuperação econômica, e que pretendem tirar o sonho do legado do comandante Hugo Chávez, continuem nos impondo uma agenda de violência. A paz é a nossa palavra de ordem”, enfatizou o governador Ángel Marcano.
Em defesa das industrias de base e contra a “guarimba” o Ministro das Indústrias e Produção Nacional, Hipólito Abreu, através de sua conta na rede social Twitter, expressou: “Forte mobilização da classe trabalhadora da Guiana encabeçada pelo governador Ángel Marcano em defesa da paz e na repúdio à violência gerada pelos redutos fascistas na região”. As manifestações ocorreram em outras industrias e empresas também.
Em um discurso bastante acalorado, Ángel Marcano, deixou claro que esses ataques do imperialismo não irão prosperar, relembrou toda a trajetória da siderúrgica e da industria de base no país para se livrar das garras do capitalismo norte americano. Citou Rafael Ramirez – ex presidente – como covarde e vendilhão da pátria, afirmando que este teria tentado destruir as empresas nacionais do país a mando do imperialismo e que a força dos trabalhadores organizados, a politica nacionalista de Hugo Chavez e Maduro é que fazem o setor crescer vertiginosamente nos dias atuais.
O ato ocorreu de forma praticamente espontânea contra a sabotagem da direita na região. Milhares de pessoas se reuniram e os gritos de ordem em defesa da revolução bolivariana, Hugo Chaves e Maduro foram unânimes. Outro ponto muito destacado durante a fala do governador é a defesa da soberania e das riquezas nacionais.
No Brasil no último domingo (8), assistimos um ato da extrema direita afim da desestabilizar o governo Lula logo nos primeiros dias de seu terceiro mandato. Essa situação na Venezuela, não apenas mostra o caminho ao qual os trabalhadores devem recorrer para manter o governo, mas também serve de exemplo de como se defender dos ataques do imperialismo, que tendem a aparecer nos próximos períodos no Brasil cada vez mais e maiores.
Diante das ofensivas da direita golpista e do imperialismo, o presidente Lula, deve se manter conectado diretamente com os sindicatos dos trabalhadores, principalmente a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e os movimentos sociais de luta mais aguerridos como é o caso Movimento Sem Terra (MST), sempre alertando dos perigos e deixando claro que precisamos estar nas ruas e mobilizados para defender um governo dos trabalhadores.
Por outro lado, é necessário um discurso concreto em defesa da nossa soberania, das estatais do país, uma campanha ampla pelo petróleo brasileiro para o povo brasileiro. Mostrar claramente que o governo irá defender não apenas a população, mas também toda a industria nacional dos abutres do capital internacional.