A Open Society Foundations (OSF) é uma peça fundamental do imperialismo, não sendo parte de uma “teoria da conspiração da extrema-direita”, mas uma organização que atenta contra a soberania das nações.
Na parte 1 abordamos as origens da Open Society, a partir do fundador ideológico Karl Popper, que organizou um sistema teórico para dar sustentação às instituições da guerra fria. Na visão de Popper, as instituições do pós-guerra deveriam eliminar o fascismo e o comunismo.
Como o fascismo sofreu duro golpe com a derrota na Segunda Guerra Mundial, restava ao imperialismo derrotar o comunismo, concentrado no hemisfério oriental. Por isso podemos dizer que a Open Society é, acima de tudo, anticomunista e contra governos nacionalistas que se colocam em contradição com o imperialismo.
A Open Society foi fundada em 1989, mas George Soros, tem atuação ativa contra os governos nacionalistas, desde 1979. De acordo com a própria Open Society, essa filantropia seguiu um roteiro, conforme demonstrado abaixo [1].
De acordo com o quadro extraído do portal da fundação, Soros começou concedendo bolsas de estudo à traidores de seus países para estudar nos Estados Unidos.
Entre os mais diversos grupos mencionados no currículo da OSF, estão o Charta 77 na Checoslováquia, o sindicato Solidariedade na Polônia e os Sakharovs e aliados na União Soviética.
No início da década de 1980, Soros estabeleceu uma fundação que ofereceria bolsas de estudo e financiaria eventos e intercâmbios acadêmicos. Já em 1987, Soros foi autorizado a abrir uma fundação na Polônia.
Após a queda do Muro de Berlim, Soros abriu mais de 20 fundações nacionais em todo leste europeu, naquilo que chamou de “período explosivo de crescimento”, apoiado financeiramente pelo enorme sucesso do seu fundo de cobertura, criando o núcleo do que hoje se tornou as Open Society Foundations.
Todas essas informações estão disponíveis no portal da OSF, o que demonstra o anticomunismo de George Soros. Ele simplesmente corrompeu opositores, entregando-lhes uma grande máquina de propaganda para destruir seus próprios países.
É como afirma o próprio mestre de marionetes: “A transformação de uma sociedade fechada em aberta é uma transformação sistemática. Praticamente tudo tem que mudar e não existe um plano. O que as fundações fizeram foi mudar a forma como a transformação é realizada. Eles mobilizaram as energias das pessoas nos países envolvidos.” (George Soros, 1995)
No livro The Shadow Party, David Horowitz e Richard Poe explicam que “Soros ajudou a bancar desde a “revolução de veludo”, que acelerou a queda do governo comunista. A Revolução de Veludo levou ao estabelecimento da Eslováquia como independente e incluída na OTAN.
O livro também demonstra que o apoio de Soros à organização Otpor na Iugoslávia ajudou a colocar o fim ao governo de Slobodan Milosevic, levado ao Tribunal Penal Internacional que o condenou por crimes contra a humanidade.
Soros e a lenda do massacre da Praça da Paz Celestial
Em 1989, o The Washington Post, jornal de aluguel da CIA, reportou: “Representantes do fundo são presos na China” [2]. De acordo com a reportagem:
“O financista e filantropo nova-iorquino George Soros, que fundou o Fundo para a Reforma e Abertura da China (China Fund) em Pequim, disse que o Ministério da Segurança Pública deteve e interrogou seu representante pessoal, Liang Congjie. Outros ligados ao fundo foram acusados de atividades contrarrevolucionárias, disse ele”.
A reportagem demonstra que a China fez ampla investigação, atribuindo associação entre Soros e a CIA. Embora Soros tenha negado sua relação com a agência de inteligência, fato é que o China Fund foi instrumento de desestabilização desde 1986, três anos antes dos protestos liderados pelos grupos organizados por Soros.
Atualmente Soros continua assombrando a China com seus think tanks e ONGs. O The China Project, imprensa ligada à OSF teve a ousadia de publicar o artigo de balanço das atividades de Soros na China, intitulado “Como George Soros se tornou o inimigo perfeito da China” [3].
O artigo tenta demonstrar a importância de Soros para transformar a China em um país liberal, e como ele vislumbrou “potencial de transformação política na economia em expansão da China na década de 1980. Sob Xi Jinping, a RPC tornou-se anátema para tudo o que ele representa”.
Fica claro que Soros é parte integrante dos interesses de nação, dos Estados Unidos, na direção de constranger governos, impor vontades e, sobretudo, tentar colocar fantoches em postos centrais de comando em cada país, quiçá, no posto máximo.
Enfim, não há como hesitar sobre o papel deletério de George Soros e suas fundações, que são instrumentos de empoderamento de cidadãos úteis para a propaganda imperialista. Geralmente são seres temáticos, desprendidos da missão de desenvolvimento de seus próprios países, de seu próprio povo. Por isso são recrutados.