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Estrada pede socorro

ONGs miram BR 319 que pode ligar 40 Terras Indígenas

Recuperação de estrada Porto Velho-Manaus para melhorar a qualidade de vida do povo local corre risco pois ONGs acham mais valioso a natureza do que vidas humanas

O que é mais importante, vidas humanas ou preservar a natureza? Sendo que essa “natureza” se trata somente de região amazônica, excluindo Pantanal, Caatinga etc. O Brasil, terra gigante, mas para os ambientalistas ligados às ONGs somente a fauna de Amazonas importam. As pessoas que vivem na região amazônica, pelo jeito não merece tanta atenção. Fora o caso de petróleo da Amazônia, agora as ONGs não querem que a estrada que liga o Porto Velho, capital de Rondônia, até Manaus, Amazonas, seja recuperada e tenha tráfego normalizado. A estrada em questão é BR-319, conhecida como Rodovia Álvaro Maia.

A imprensa, quando se trata de projetar uma estrada na região amazônica, a primeira coisa que gritam é o impacto ambiental, desmatamento, perda de vegetação etc. Como se o Brasil fosse país extremamente ecológico, em que quaisquer danos ambientais fosse um escândalo. Mas não, somente quando se trata de Amazônia, tudo vira motivo de crise. Pois o desmatamento da mata atlântica foi necessário para o “desenvolvimento”, então é permitido. Quando desmataram para construir estrada que liga São Paulo ao litoral paulista, foi um ato necessário. E o desmatamento no interior paulista, e de outros Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná etc., nesses casos ninguém fala nada. Desmatamento da Caatinga, Pantanal, então nem se fala. É esquecido. Problema ambiental devido à poluição industrial, esgotamento sanitário nas regiões metropolitanas, qualidade de ar, cadê o fiscal ambiental?

Com cerca de 889km de extensão segundo o Google Maps, que diz que a viagem de carro duraria cerca de 14h. O mesmo percurso pode ser feito por via aérea, de 1h25 minutos de voo, a partir de R$4200. Pois bem. Acontece que a BR319 não pode ser trafegada para chegar de Manaus até Porto Velho ou vice-versa, porque o trecho do meio está intrafegável. O que significa? Que nesse trecho não existe pavimentação asfáltica nem estrada de terra trafegável. Ela existiu um dia, quando foi inaugurada, durante a ditadura militar, que queriam estrada de acesso à região de fronteira junto com a Transamazônica para poder ter o controle local. O tal de integração nacional. Com o tempo essa estrada foi desintegrando, e uma estrada no meio da floresta sem cuidados vira uma coisa que pode ser chamado de tudo menos de estrada. Existem até relatos de que alguns trechos foram bombardeados para destruir mesmo, obra de gente poderosa. Um crime de lesa-pátria que ninguém foi responsabilizado. Porque não queriam que existisse meio de comunicação do povo local com a civilização, de ter livre acesso ao resto do país. Quem será esse tal de gente poderosa que não quer que o povo local tenha acesso? Quem será que consegue pagar cerca de 4 mil reais ou mais por um voo de 1h30?

Na ilustração acima, mostra o Google Maps com tempo de percurso de carro e de avião. Abaixo, as imagens reais do BR-319.

Fonte: https://brasilamazoniaagora.com.br/2022/br-319-concluir-ou-nao/

Fonte: https://blogdocaminhoneiro.com/2020/10/dnit-restringe-trafego-de-caminhoes-na-br-319-no-amazonas/

A “ponte” da BR-319, a estrada federal. Ainda existe dúvidas sobre a necessidade de recuperação da estrada? Internet está cheio de fotos calamitosos de BR-319. Rachadura na BR-319, ponde de concreto que desabou, alargamento etc…

O atual governo federal quer recuperar o trecho, tornar a estrada trafegável para que o povo consiga usar. Para que as pessoas que vivem na região consigam circular livremente quando e onde quiser. A região da estrada BR319 é rodeada de territórios indígenas e unidades de conservação. Caso a estrada volte a funcionar, quem vai ganhar com isso é o povo, pois permite a circulação fácil de mercadorias e insumos, extremamente importantes para o povo. É recente na memoria a pandemia de COVID-19. E a gente lembra o horror que foi a crise da pandemia em Manaus. Essa crise foi agravada pela falta de acesso por via terrestre, pois caso tivesse uma rede rodoviária de qualidade, muitos insumos poderiam ter chegado rapidamente e ter salvado vidas.

E fora outros fatores agravantes, como falta de medicamentos, alimentos industrializados, vestuários, material escolar, gasolina etc., itens essenciais para uma vida moderna. Mas obviamente tudo isso não importa, pois o que importa para as ONGs é somente a preservação da fauna. Para eles, o desenvolvimento da região é péssimo, pois vai perder o controle. Para eles, a Amazonia precisa continuar do jeito que está, com povo sofrendo, morrendo de fome, que continue na vida de ribeirinho, sem desenvolvimento, para que continue o modo de exploração predatória por aqueles que possuem a força e calar os oprimidos. As ONGs falam em proteger a fauna, mas a questão de exploração predatória de madeiras nobres e minerais valiosos não é problema. Não é problema porque esses commodities vão para fora. Para eles, o problema é quando vai beneficiar o povo brasileiro. Para impedir que o povo brasileiro tenha acesso a melhores recursos, vale tudo, pesquisas, análises, laudos, relatórios, tudo. Tudo será desculpa para atrasar, impedir, atrapalhar, obstruir e revogar quaisquer atos para a melhoria de infraestrutura, que consequentemente beneficiará o povo. O problema é as ONGs. Até quando o Brasil vai servir essas ONGs? Até quando vai sacrificar vidas indígenas que poderiam ter melhores condições com acesso ao desenvolvimento? O engraçado é que as ONGs tratam a comunidade indígena como se quisessem viver eternamente no modo de vida arcaica. Será mesmo? Algumas figuras proeminentes da comunidade indígena mostram que não, que eles estão muito bem integrados com a sociedade. E por que os indígenas da Amazonas não podem ter acesso aos recursos de desenvolvimento? É muita demagogia.

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