Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Movimento operário

Onde está a CUT?

O CONCUT não pode ser mais um evento das direções sindicais, mas uma verdadeira mobilização dos trabalhadores, com uma discussão uma pauta clara de reivindicações

A escalada da crise econômica nacional e internacional vem dando início a um importante processo de mobilização no movimento operário. A aprovação da paralisação, por quase unanimidade, dos trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo para o próximo dia 3 de outubro contra a privatização, se unindo aos trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que já tinham aprovado a adesão ao movimento; a paralisação dos professores da Universidade de São Paulo (USP) marcada para até o próximo dia 02, em apoio a greve dos estudantes da universidade, a movimentação de diversas categorias em diversos estados, são evidências dessa situação.

O que marca a situação é que as diversas categorias que estão em movimento pelas suas reivindicações não encontram uma contrapartida em uma ação unitária da classe trabalhadora.  

As greves que acontecem e as que estão para acontecer em todo o País somente não encontram condições para expandir-se e aprofundar-se pelo quadro de total isolamento a que estão submetidas. A direção da CUT, literalmente desapareceu do cenário político. Não há palavra-de-ordem para o movimento operário, não há campanhas, não há planos de lutas ou mesmo apoio às mobilizações. A CUT, neste período conseguiu inclusive abster-se de realizar as suas famosas campanhas institucionais em torno de reivindicações vagas e com “pressão”sobre o Congresso realizadas no último período, que serviam para disfarçar a ausência total de qualquer perspectiva de luta. Neste momento, a CUT simplesmente apagou-se.

Com isso, o reacionário Congresso Nacional, o centrão e a burguesia ganham tempo para estruturar um novo golpe contra a população, inevitavelmente diante do agravamento da crise. 

O resultado dessa crise está significando a reversão da adoção da política neoliberal, das últimas décadas, passando ao tradicional confiscamento dos salários através da escalada da inflação, para depois confiscar novamente os salários através de um plano deflacionário. A isso se utilizam dos velhos chavões que chama de  “plano econômico” e “modernidade”.

Na medida em que se encontra incapacitada, pela política da sua direção a atuar unitariamente, ou seja, como classe, as amplas massas de trabalhadores não obstante lutam como podem com greves parciais, a maioria das quais é feita contra a política das direções, como aconteceu na greve dos professores da rede estadual de Brasília.

O movimento dos trabalhadores encontra-se desarmado, com o que coloca-se como – uma vez mais – potencial vítima da crise econômica que se aprofunda.

Para estruturar a reação dos trabalhadores faz-se necessário combater e criticar a orientação política da direção da CUT que literalmente neutraliza a principal organização operária do País. 

Em outubro próximo está marcado o Congresso Nacional da CUT (CONCUT) com a presença de milhares de trabalhadores de diversas regiões do Brasil, esse congresso deve ter um único objetivo: a discussão e elaboração de um plano unitário de  lutas que dê respostas às lutas salariais, à crescente onda de demissões, tercerizações, privatizações, ou seja, ao conjunto da política, da burguesia, do grande capital nacional e do imperialismo. 

O CONCUT não pode ser mais um evento das direções sindicais, mas uma verdadeira mobilização dos trabalhadores, com uma discussão uma pauta clara de reivindicações que contemple as reais necessidades dos trabalhadores (salário mínimo vital, reposição integral das perdas salariais, estabilidade no emprego, Petróleo 100% nacional, não à independência do Banco Central, etc.) e medidas concretas para unificar as campanhas salariais, a luta dos servidores públicos e das estatais, bem como unificar a luta dos trabalhadores da cidade com a dos trabalhadores do campo.

Para encontrar a chave da situação política atual é necessário responder duas perguntas: “Onde está a CUT?” e “Onde deveria estar a CUT?”. A classe operária, através de mobilização em torno de uma perspectiva unitária de luta deve responder.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.