Recentemente, a Inglaterra enviou uma série de suprimentos e armas para a Ucrânia, entre os equipamentos bélicos, foi enviado o tanque Challenger 2, capaz de lançar projéteis de urânio empobrecido (DU), material altamente tóxico e prejudicial ao meio-ambiente, entrando em contradição com a política levado a cabo pelos ingleses e demais países imperialistas, a favor de medidas para “salvar o mundo” das proféticas crises ambientais .O Challenger 2, foi destruído pelos russos e foi filmado os destroços perto de Robotyne, uma vila ucraniana devastada pela guerra no Oblast, em Zaporizhia. O acontecimento gerou uma preocupação internacional sobre a contaminação radioativa da região.
A missão impossível de salvar a Ucrânia, custe o que custar, está revelando a total falta de escrúpulos das ditas potências desenvolvidas e revela a hipocrisia do imperialismo. A destruição do tanque Challenger 2, causa uma série de problemas ambientais e de risco à saúde, dentre eles: o câncer, devido a radiação ionizante, contaminação ambiental, proliferação nuclear e a dispersão de partículas radioativas que podem causar um verdadeiro desastre ambiental na região afetada. A decisão de fornecer à guerra tais munições, feitas de lixo nuclear, foi do Primeiro Ministro britânico Rishi Sunak, o primeiro indiano eleito ao cargo na história inglesa, negligência, inclusive, estudos de segurança militar do próprio Reino Unido de 1986-88, encontrados por Declassified, o arquivo: DEFE 72/562.
O documento revela que os acidentes em que as munições contendo DU pegaram fogo, foi considerado o “perigo mais grave”. Uma bala de urânio empobrecido, segundo o mesmo arquivo, pode entrar em combustão “se estiver num incêndio cuja temperatura exceda os 500 graus Celsius”, formando um “aerossol tóxico”, que além de ser altamente prejudicial à atmosfera, seria responsável por inúmeras doenças causadas pela radioatividade. O aconselhamento militar interno sublinhou que “o equipamento de monitorização radiológica deve estar prontamente disponível e a eliminação dos destroços poderia incluir grandes quantidades de terra contaminada”. O conselho não foi seguido na Ucrânia, já que o tanque foi visto envolto em fumaça preta enquanto os ucranianos filmavam de um carro com o pára-brisa rachado, ilustrando a completa despreocupação com os ricos citados. O Reino Unido, apesar de ter sido o primeiro a fornecer urânio empobrecido à Ucrânia, não é o único, os EUA, especialista em crimes de guerra, já anunciaram desde então que a munição estará disponível nos tanques Abrams que está a enviar para Kiev, relembrando que esse material já foi utilizado em conjunto pelos ingleses e estadunidenses no conflito contra o Iraque, Síria e a ex-Iugoslávia.
O acontecimento revela que as forças pró-imperialistas responsáveis pela campanha internacional a favor do meio-ambiente é uma farsa, os mesmos, são responsáveis pela maioria dos desastres ambientais, inclusive nos países de capitalismo atrasado, estes que são o alvo principal da campanha verde que tem como verdadeiro objetivo limitar o desenvolvimento econômico do país. Ao mesmo tempo, o envio de milhares de cartuchos com DU, entre outras armas ilegais já enviadas a Kiev, revela o desespero do imperialismo em teor do fracasso contra a ação defensiva da Rússia. Apesar de todo o gasto militar dos países imperialistas, que gastaram apenas em 2022, cerca de US$ 480 bilhões de dólares, equivalente a R$ 2,42 trilhões de reais com envio de suprimentos e, principalmente, o envio de armas (o próprio Challenger 2, somado aos outros 13 tanques, custaram cerca de 70 milhões de libras), a superioridade russa no conflito é cada vez mais escancarada. A vitória russa sobre o imperialismo, que será um verdadeiro golpe, principalmente aos EUA, que vem colecionando derrotas importantes para os povos oprimidos, se mostra inevitável.
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Uma folha de advertência para acidentes envolvendo munição Challenger 2. (Arquivo: DEFE 72/562)