Os povos oprimidos pelo imperialismo estão a levantar suas cabeças diante da sistemática violência que sofrem. Isto porque a fragilidade do imperialismo é algo evidente. O rei está nu. E o sistema capitalista em evidente estágio de desagregação.
A ousadia do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e da Assembleia Nacional, de terem realizado o plebiscito sobre o território da Guiana Essequibo neste último dia 03, foi mais uma evidência do enfraquecimento do imperialismo.
O resultado foi estrondoso: 96% dos 10,5 milhões de eleitores que votaram foram favoráveis à retomada do território. O resultado da participação também é significativo, pois mesmo diante das debilidades econômicas enfrentadas nos últimos anos, o povo compareceu com mais de 50% do total do eleitorado no país.
Esse caso demonstra que a revolução bolivariana não está disposta a vacilar diante do quadro geopolítico, mesmo com o governo norte-americano de Joe Biden (Democrata) fazendo acenos, como no caso da flexibilização dos bloqueios no mercado de petróleo. Ao invés da capitulação, houve um claro avanço na afirmação da soberania nacional venezuelana.
A coesão na sociedade venezuelana aumenta dia após dia. Muito disso é fruto do processo de recuperação econômica, que vem dando ótimas sinalizações e de maneira muito mais evidente desde o ano passado. Isso se deve a questão de que o governo bolivariano nos últimos anos, ao invés de efetuar recuos para ceder terreno ao inimigo, resolveu enfrentar questões fundamentais de maneira frontal, principalmente na dimensão econômica e militar, aprofundando a participação popular na resolução dos seus próprios problemas.
É de extrema relevância essa posição da Venezuela, porque ela se dá em um momento onde o imperialismo norte-americano certamente irá procurar aumentar sua influência na região, diante das revezes na Europa, África e Oriente Médio.