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Lula x Banco Central

O poder político deve ser exercido apenas por quem foi eleito

A burguesia neoliberal defende o "enxugamento" do Estado e a diminuição do governo representativo, o que significa a implementação de uma ditadura contra a vontade do povo

A Folha de S.Paulo, que apesar de toda demagogia identitária em suas reportagens, não consegue esconder seu reacionarismo nos editoriais, publicou um editorial em sua edição de ontem (09) no qual defende o poder de órgãos não eletivos sobre os órgãos eletivos em variadas situações. Tudo isso, para atacar Lula, que está em atrito com o capital financeiro por defender o fim da “independência” do Banco Central.

“Por serem compostas por colegiados que não buscam o aplauso de eleitores, [essas autarquias] têm mais independência do que governantes para implementar políticas de Estado, perseguindo objetivos de longo prazo, em especial quando estes exigem algum tipo de sacrifício no presente. É bem esse o caso do BC”, diz o jornal da família Frias.

O que a Folha quer dizer com essas palavras, mas não pode (porque busca aplauso de leitores), é que os órgãos não eletivos não estão submetidos ao escrutínio popular, não são obrigados a atender à vontade do povo, podem passar por cima dos interesses do povo, e por isso são tão importantes. É bem esse o caso do BC pós-2021, quando deixou de ser controlado pelo Estado (embora já há muito fosse, na prática, um instrumento da banca internacional) e passou a ser “independente”, ou seja, 100% controlado pelos parasitas financeiros.

“O grau de blindagem varia, mas o importante é que essas entidades não fiquem totalmente sujeitas aos impulsos de governantes de turno. Elas fazem parte do sistema de freios e contrapesos que caracteriza as democracias”, diz ainda a Folha. Fica claro que trata-se de um mecanismo liberal no sentido econômico, ou seja, neoliberal. De privatização dos órgãos públicos para serem controlados não pelo povo, ou por seus eleitos, mas sim pelos maiores inimigos do povo. É uma manobra encontrada pelos capitalistas, particularmente pelos banqueiros, para tomar conta do Estado ao mesmo tempo em que este se passa por democrático.

Quem deve governar são os que foram eleitos pelo povo. Mesmo que órgãos do governo tenham liberdade para atuar, a última palavra deve sempre ser daquele que foi escolhido pelo povo para representá-lo. Se não, o poder político ficará na mão dos que não foram eleitos pelo povo, dos que o povo rechaçou, de seus maiores inimigos.

Como bem comentou o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, em seu perfil no Twitter, se tal tese fosse levada às últimas consequências, “teríamos que substituir o governo representativo por um governo de concursados ou de qualquer outro meio com o qual se estabelecesse uma burocracia independente do controle popular”.

A “democracia” capitalista, que sequer existe, é, assim, uma subversão da democracia, que seria o poder do povo. Com todos esses instrumentos artificiais de controle do Estado pelos capitalistas, e não pelo voto popular, transforma-se o Estado “democrático” em um Estado cada vez mais ditatorial, no qual o poder não surge mais do povo, e sim daqueles que estão acima do povo por algum motivo que a Folha de S.Paulo jamais vai explicar.

A Folha de S.Paulo, porta-voz da burguesia e do imperialismo, defende a diminuição ou mesmo a extinção do governo representativo. Quando, para servir aos interesses do povo, é preciso justamente o oposto: a radicalização do governo representativo, através de conselhos populares e operários, em que o povo realmente tome as rédeas do poder.

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