Nos últimos dias, se intensificaram os ataques contra o governo Lula e os interesses nacionais que este procura, ainda que com limitações defender.
O caso mais destacado é da disputa em torno da questão da exploração das gigantescas reservas de petróleo na bacia da região Amazônica.
Usando o Ibama, a ministra Marina Silva, com notórias relações com setores do imperialismo que há décadas se opõem ao desenvolvimento brasileiro, resolveu impor obstáculos às pesquisas sobre a exploração de um dos 22 campos petrolíferos previstos para a região, com reservas estimadas de mais de 14 bilhões de barris do precioso “ouro negro” que, no momento em que escrevo esta coluna está cotado a R$383,22 cada um, totalizando R$5.365.080.000.000 (mais de 5,3 trilhões!!!) de faturamento o equivalente a mais de 50% de todo o PIB brasileiro.
Em sua viagem ao Japão, Lula contrariou Marina Silva adotando um tom incisivo em defesa da exploração racional dos ricos recursos naturais da costa brasileira.
Está correto. No mundo real, ninguém pode levar a sério que a exploração no litoral do Amapá (na verdade a 170 km da Costa e quase 700 km da Foz) traga qualquer dano ambiental, e o prejuízo para a região menos desenvolvida do país será grande.
A defesa dos interesses dos capitalistas por Marina Silva é escancarada. Não por acaso, nas últimas eleições, se elegeu por São Paulo, onde recebe importante apoio da poderosa máquina de imprensa burguesa, e não pelo seu estado de origem, o Acre.
A defesa da preservação da Amazônia é possível para quem não liga para o povo da região. Na prática, a política que Marina defende é manter a população na miséria, privados dos avanços tecnológicos e expostos a condições de vida precárias. Como Lula fez questão de lembrar, “quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem”.
A contradição entre as duas políticas para a Amazônia (Lula e do povo brasileiro x Marina e e do imperialismo) marca um momento importante para o governo, que se elegeu sob uma plataforma nacionalista. Ou Lula avança nesse sentido ou seu governo não se sustentará.
Marina atua por seus patrões dos EUA, que tentam impedir nosso desenvolvimento.
Por uma questão de sobrevivência política, Marina Silva deve ser expulsa do governo em defesa do povo da Amazônia, que ocorra um desenvolvimento de fato.
O petróleo é do povo brasileiro. Precisa ser nacionalizado, explorado por uma Petrobrás 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores para garantir recursos para melhorar as condições de vida do povo do Norte e Nordeste e de todo o País.