Perto do fim do ato em defesa do Hamas e do povo palestino na Avenida Paulista, João Jorge Pimenta e Henrique Simonard, membros da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO), concederam um balanço inicial da manifestação. Ambos caracterizaram o evento como tendo sido extremamente positivo: “O ato de hoje foi uma grande vitória. Uma vitória contra a censura, uma vitória contra a direita, uma vitória em favor do povo palestino”, afirmou Simonard.
“Ficou claro que a comunidade palestina apoia ferozmente a luta do Hamas. Muitas famílias, muitas crianças vieram até o carro de som expressar a sua verdadeira necessidade de gritar ‘Viva a Palestina! Viva o Hamas! Viva a resistência armada’. Se juntaram aqui milhares de pessoas, foi o maior ato até agora e fica claro que os próximos atos serão ainda maiores”, disse o dirigente com exclusividade ao Diário Causa Operária.
Mais do que simplesmente crescer, segundo Simonard, o ato desse sábado representou uma vitória contra a censura que a direita quer impor sobre o movimento e, principalmente, o PCO.
“O que fizemos hoje foi muito importante, ficou claro que o apoio ao povo palestino, o apoio ao Hamas, só vai aumentar. E não adianta a direita tentar censurar a gente, não adianta pedir para prender os nossos líderes. O PCO só vai aumentar, assim como a luta palestina”, disse. “Viva o PCO! Viva o Hamas! Viva a Palestina! Pelo fim do Estado de Israel!”, finalizou em sua mensagem a este Diário.
No começo de sua declaração, João Jorge ironizou a tentativa de 27 deputados bolsonaristas, bem como de Deltan Dallagnol, de prendê-lo por conta de sua defesa enfática do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas): “Eu acho que hoje, aqui, vão ter que prender muito mais gente, não vai adiantar só me prender”, disse.
“Esse ato aqui tem uma mudança qualitativa. Não estamos mais lidando com uma mobilização apenas religiosa, que é importante. Finalmente conseguimos incluir outros setores, partidos políticos, movimentos sociais. E isso é uma grande vitória […] Mais ainda, nós fizemos isso com um benefício: nós fizemos isso acabando com a censura. Hoje, não há censura em relação ao problema do Hamas, e isso é uma questão muito importante”, afirmou João.
Então, o dirigente trotskista explicou por que a defesa do Hamas não é um mero detalhe, mas sim peça-chave na luta do povo palestino contra a ocupação sionista de Israel. “A questão do Hamas é uma questão central na defesa da Palestina. O terrorismo de Estado israelense se esconde atrás de uma pequena desculpa: a desculpa de que eles foram atacados por organizações terroristas brutais que matam civis. Isso é mentira, já está claro para todo mundo que isso é mentira!”, disse.
Por fim, ele finalizou mostrando como o bloco do PCO desafiou não só a direita sionista que quer que o povo palestino seja esmagado em Gaza, como também a esquerda pequeno-burguesa que capitula completamente diante da pressão da burguesia que não para de atacar o Hamas e demais grupos guerrilheiros:
“Outra questão que queria destacar: nós conseguimos vencer a posição reacionária que não queria que defendesse esses setores. Diria que hoje foi um dia de grandes vitórias, então temos que comemorar e ir para casa feliz, fizemos bem.”
