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O genocídio continua

O imperialismo não liga para a crise humanitária em Gaza

Os palestinos estão a ficar sem água, sem comida, eletricidade, combustível e suprimentos médicos. Graças ao bloqueio nazista por Israel. Contudo, a resistência segue inabalável

Continua o genocídio do Estado sionista e nazista de Israel contra o povo palestino, em especial na Faixa de Gaza. O número de palestinos assassinados já ultrapassa o dobro de sionistas que morreram na ação heroica do Hamas, no último dia 7, atingindo 2.808 palestinos mortos.

Apenas nas últimas 24 horas, foram 254 vítimas, sendo 64% de mulheres e crianças. Desse número, 37 agentes de saúde (médicos, enfermeira e paramédicos) tiveram suas vidas ceifadas pelos genocidas sionistas.

Em relação aos feridos, o número é quatro vezes maior do que o do lado israelense, totalizando 10.859 pessoas. Para aqueles que ousam falar em legítima defesa de Israel, os números mostram não haver o que se falar nisto, mesmo desconhecendo a história de genocídio sistemático perpetrado contra a Palestina.

Os habitantes de Gaza que ainda não foram mortos pelos bombardeios, estão em perigo iminente de morrerem em razão do bloqueio total posto em prática por Israel, que impede o fornecimento de água, comida, eletricidade e combustível para dentro de Gaza.

Segundo relatou a OMS nessa segunda (16), há apenas “24 horas de água, eletricidade e combustível” antes que ocorra uma “catástrofe”. Com a água acabando, por óbvio, palestinos poderão morrer de sede, em especial os fisicamente mais frágeis (crianças, idosos, mulheres). Além da questão da sede, há a questão sanitária, que já está sendo agravada pelo fato de que o pouco de água que resta, não é potável. Sem água, doenças evitáveis tendem a surgir e se alastrar, podendo mesmo gerar situação de epidemia, o que sobrecarregaria ainda mais os hospitais.

Em relação a estes, já estão superlotados em razão dos feridos nos bombardeios, que não param de chegar. Conforme informado por médico palestino nessa segunda (16), “na última hora o hospital recebeu 60 pacientes, ou seja, uma pessoa por minuto. Uma situação catastrófica”. “O hospital não pode funcionar por muito mais tempo. A eletricidade continua desligada. Os geradores a combustível do hospital irão desligar em breve. O sistema de saúde entrará em colapso. O hospital vai se transformar em cemitério.”

Ou seja, o bloqueio total de Israel contra Gaza afeta ainda mais os hospitais e seus pacientes. Sem eletricidade, combustível e água, os hospitais não conseguem operar em sua capacidade plena. Então, o que está ocorrendo é que os sionistas nazistas, ao mesmo tempo que bombardeiam gaza, atacam os hospitais por meio de um bloqueio criminoso, para impedir o tratamento dos feridos, e mesmo que os médicos lhes salvem a vida. Nessa segunda já se relata que os próprios suprimentos médicos da estão se esgotando. Conforme o grupo de Ajuda Médica aos Palestinos, sediado no Reino Unido, com unidade na Cisjordânia, “os materiais de emergência, trauma e cirúrgicos estão esgotando-se rapidamente nos hospitais e nos armazéns dos parceiros de saúde, e a entrada de materiais humanitários ainda não é possível.”

Resumindo, para além do bombardeio indiscriminado de civis, o bloqueio total é também uma medida claramente genocida. Nazista. Está escancarado que o Israel que exterminar os palestinos até o último homem.

Mas a ação criminosa de Israel em relações aos hospitais não se limita ao bloqueio. No sul de Gaza, os bombardeios também já começaram. E muitos deles estão ocorrendo em Khan Younis, até mesmo nas proximidades do Hospital Nasser, o maior da cidade, que vem recebendo o maior número de feridos.

Novamente confirmando as intenções genocidas de Israel, um dos locais bombardeados no sul de Gaza foi uma agência local da ONU voltada para o recebimento de distribuição de ajuda humanitária.

Ainda falando dessa região, de quinta para sexta, Israel deu um prazo de 24 horas para que os habitantes do norte do enclave se deslocassem para o sul, pois, após isto, começariam os bombardeios, levando muitos a se deslocaram. A resposta dos nazistas israelenses foi bombardear o comboio, assassinando cerca de 70 pessoas, dentre ela mulheres e crianças. Isto se deu no dia 13 de outubro:

ttps://x.com/AJEnglish/status/1713810050655936554

Não bastando, os bombardeios também são realizados em Rafá, onde Gaza faz fronteira com o Egito, a qual está sendo bloqueada por Israel, impedindo a entrada de ajuda humanitária e a saída daqueles que querem sair:

Israel ataca e, ao mesmo tempo, não deixar sair e bloqueia a chegada de suprimentos. Não há melhores palavras para descrever os sionistas do que nazistas e genocidas.

Cumpre mencionar também toda a infraestrutura palestina que foi danificada ou destruída pelos criminosos bombardeios de Israel: 64.283 prédios residenciais danificados, sendo 5.540 destruídos, 90 escolas danificadas, 18 templos religiosos danificados, sendo 11 mesquitas completamente destruídas, 19 centros de saúde não funcionando com sua capacidade plena, 20 ambulâncias destruídas, 11 estações de tratamento destruídas.

A destruição a infraestrutura potencializa exponencialmente o número de vítimas em Gaza.

Contudo, o sionismo não limitou seus ataques ao enclave. Os palestinos da Cisjordânia agora também são alvos.

Os colonos israelenses constituem verdadeiras milícias fascistas do sionismo, que vêm tomando à força as casas e as terras dos palestinos, resolveram sair em uma matança generalizada na Cisjordânia. Esses canalhas sionistas, junto de soldados israelenses, já assassinaram 35 palestinos na região, incluindo na cidade de Jerusalém. Desse total, ao menos 7 foram crianças, segundo informe da ONU. Dezenas também foram presos:

Dozens arrested in Israeli forces’ raids in occupied West Bank

Apesar disto, ou seja, do genocídio perpetrado por Israel, a resistência do Hamas e dos palestinos segue firme e avançando. Nessa segunda (16), novo protesto ocorreu na Cisjordânia, contando com milhares de palestinos, apesar de toda a violência nazista dos colonos e soldados sionistas:

Fora da região, protestos foram registrados nas Filipinas, que contaram com dezenas de milhares de pessoas:

Ademais disto, o Hesbolá segue dando seu apoio à resistência do povo palestino e ao Hamas, atacando posições de Israel na fronteira com o Líbano, destruindo fortificações militares e aniquilando militares sionistas.

Já Israel, mostrando que apesar de toda a tecnologia militar e dos bilhões de dólares dados pelos Estados Unidos, são, na verdade, fracos, até agora não colocou suas tropas para invadir a faixa de Gaza. Afinal, teria que lutar corpo a corpo com os militantes do Hamas e a própria resistência dos trabalhadores palestinos. A probabilidade seria a de uma derrota política, que desmoralizaria ainda mais o sionismo. Afinal, o povo palestino e o Hamas já estão calejados e acostumados com a guerra. Os militares sionistas não.

Deve-se constatar ainda que uma incursão, poderia fazer escalar o conflito e gerar uma reação ainda mais forte dos países árabes e muçulmanos e dos árabes e muçulmanos de todo o mundo, em especial aqueles da Europa.

Assim, deixando claro o caráter contraditório da realidade, apesar de todo o genocídio perpetrado contra os palestinos, há algo de positivo de toda essa situação. Ficou escancarada a fragilidade e decadência de Israel, do sionismo e do imperialismo no Oriente Médio. E, consequentemente, deixou clara a força e resiliência da resistência palestina, em especial do Hamas, exemplos de militantes e lutadores pelos oprimidos.

Apesar de todo o poderio militar, Israel não consegue quebrar os palestinos. Pelo contrário, a opressão que o recai sobre eles deixam-nos mais fortes e temperados na luta, ao contrário de seus opressores, que estão acostumados com a vida fácil de bombardear de longe, de um lugar seguro.

Mas não há mais a tão propagandeada segurança em Israel. E sua população começa a perceber.

A ação do Hamas foi e continua sendo revolucionária, e pode ter sido o estopim que resultará no fim do sionismo e de Israel.

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