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Relatório do FMI

O impacto econômico dos protestos no Peru

Fundo Monetário Internacional (FMI) declara apoio velado à repressão ditatorial de Boluarte no Peru

PIB peruano está desacelerando devido a protestos, como confirmaram o Banco Central de Reserva do Peru (BCRP) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo o periódico burguês La Republica de 11 de fevereiro deste ano, na página 12. O FMI reduziu a estimativa de crescimento para 2,4% e pediu ao governo peruano para resolver a crise política. A entidade alerta que o maior impacto negativo está sendo observado nas regiões do sul, onde os conflitos entre o governo e a população são maiores a ponto de fazerem uma intervenção militar. Estima-se uma perda de 600 milhões de dólares devido à entrada de menos turistas no país.

Desde dezembro do ano passado, o Peru vive um surto social, no qual se exige a renúncia de Dina Boluarte à presidência da República, bem como a antecipação das eleições gerais. Isso trouxe consigo mobilizações e protestos da população ao nível nacional. Produto desse conflito sociopolítico, a economia peruana vem se deteriorando.

Desta forma, o FMI, após a sua visita oficial de 24 de janeiro a 8 de fevereiro deste ano, decidiu cortar a sua previsão de crescimento econômico para 2023 de 2,7% para 2,4%. Segundo a entidade, “o crescimento do PIB real deverá desacelerar” este ano; no entanto, ele prevê que atingirá seu potencial de 3% nos próximos anos.

“Eventos políticos recentes sugerem que o governo deve trabalhar em todo o espectro político para restaurar a confiança, preservar estabilidade, acelerar reformas estruturais para impulsionar a atividade econômica e enfrentar a desigualdade e a pobreza e as fragilidades nos sistemas de educação e saúde”, resume a organização internacional.

O FMI também destaca o impacto das greves nos principais garimpos (mineradoras) que afeta a produção de exportação de cobre. A Macrosur foi a empresa mais afetada, segundo o BCRP, devido aos protestos, o que foi observado nos dados preliminares obtidos no primeiro mês de 2023.

Adrian Armas, gerente central de Estudos Econômicos do BCRP, explicou que o impacto ocorreu especialmente nas regiões do sul, onde Cusco e Puno registraram uma queda significativa no nível de vendas durante o mês de janeiro.

“Infelizmente, a economia enfrenta um choque negativo significativo. Há sinais de desaceleração, principalmente na região sul do país”, disse Armas.

O responsável do BCRP especificou que as regiões afetadas são Arequipa, La Libertad, Cusco, Ica, Lambayeque, Cajamarca, Puno Tacna, Apurimac, San Martín, Ucayali, Amazonas e Madre de Dios, que têm um peso de 31,7% no PIB.

Embora Armas tenha indicado que é prematuro estimar o impacto econômico total dos protestos, ele destacou que mineradoras como a Minsur ou a mina Las Bambas tiveram paralisações, o que afeta a produção desse setor. Por fim, disse que o risco de menor crescimento da procura interna aumentou devido à conjuntura atual.

A única preocupação do FMI é com os seus próprios lucros e com a exploração do país, o povo que se dane. Avaliações como a apresentada na matéria acima deixam isso claro, pois representam não um parecer técnico, mas sim, uma pressão política: o FMI quer que o governo de Boluarte seja bem-sucedido em estabilizar a situação, ou seja, reprimir os protestos. Por isso coloca a culpa da recessão na mobilização popular e afirma que “[…] o governo deve trabalhar em todo o espectro político para restaurar a confiança, preservar estabilidade, acelerar reformas estruturais para impulsionar a atividade econômica […]”.

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