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Encontro no "Frango Assado"

O encontro entre Delgatti e Zambelli

Segundo Delgatti, Zambelli lhe pedira para invadir a intranet do Poder Judiciário. A invasão fora feita, e o hacker teve acesso a todos os juízes e servidores, inclusive às senhas

Continuando com as notícias a respeito do depoimento de Walter Delgatti Neto (o hacker da Lava-Jato) à CPMI do 8 de janeiro, revelações expõem a fragilidade do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Delgatti narra que, certo dia,

“Estava em casa, em Ribeirão Preto, pela manhã, quando a deputada Carla Zambelli entrou em contato comigo e disse que um motorista iria me buscar, para me levar a um encontro com ela, e que era um assunto urgente, que precisava ser tratado naquele dia. Eu estava em Ribeirão Preto e chegou o motorista. Eu não sabia onde seria o encontro. Ele pegou a rodovia Anhaguera e foi até esse posto (posto Frango Assado) que era próximo a uma cidade em que a deputada estava realizando campanha […] eu não conhecia o motorista […] eu tive um pouco de medo, mas não tanto, porque eu confiava bastante na deputada Carla Zambelli […] eu sigo até esse posto e nisso tenho contato com a deputada. E, nesse contato, foi quando ela pegou um celular que estava com ela, enviou uma mensagem a alguém, e o presidente da república entrou em contato comigo […] era um telefone aparentemente novo […] um celular usado apenas naquele encontro”.

Na ligação, Bolsonaro teria informado a Delgatti sobre um grampo feito contra o ministro Alexandre de Moraes, pedindo ao hacker que assumisse a autoria. Assim, a esquerda não poderia questionar, pois Delgatti esteve por trás da Vaza Jato. Bolsonaro teria dito a Delgatti que o grampo contra Moraes fora feito por agentes de outro país. Em troca de assumir o grampo, Delgatti informou que Bolsonaro lhe indultaria e mandaria prender o juiz que o condenasse.

Segundo Delgatti, ainda durante o encontro Zambelli também lhe pediu para:

 “Invadir algum sistema de justiça… ou o TSE em si, ou alguma invasão que demonstrasse a fragilidade do sistema de justiça, dizendo que seria também uma ordem do presidente, porém apenas a deputada me disse isto, não ouvi isto do presidente […] me comprometi (com Zambelli) […] fiz a invasão do CNJ e, a partir do CNJ, de todos os tribunais do país […] eu tive acesso a todos os processos, a todas a senhas, de todos os juízes e servidores, e fique por quatro meses na intranet da justiça brasileira (do CNJ e de todos os tribunais, inclusive o TSE”.

Conforme Delgatti, motivo dessa invasão seria desmoralizar o judiciário e seu controle sobre as eleições, pois, à época:

“O ministro (Alexandre de Moraes) dizia que era inviolável, que tinha aquela segurança e, então, uma forma de mostrar a fragilidade seria eu invadindo e despachando como se fosse o ministro […] um mandado de prisão contra ele mesmo […] que é uma coisa até engraçada, porque o sistema é inviolável, mas uma pessoa sozinha conseguiu invadi-lo e emitir uma prisão, como se fosse o ministro prendendo ele mesmo”.

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