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1953

O assalto ao quartel Moncada, um ensaio da revolução cubana

Veja a história que precedeu a revolução cubana: o assalto ao quartel Moncada liderado por Fidel Castro

Em 1952, o general Fulgencio Batista liderou um golpe de estado e tomou o controle do governo em Cuba, suspendendo a constituição e reprimindo a oposição política. Seu regime foi marcado por graves violações dos direitos do povo cubano e crimes contra a população cubana, empregando uma série de táticas brutais para reprimir a oposição, incluindo a tortura de prisioneiros e a execução extrajudicial de suspeitos. Muitas pessoas foram mortas ou desapareceram durante o período do regime de Batista.

Além disso, durante o regime de Batista, a imprensa e outros meios de comunicação foram censurados e controlados pelo governo visando silenciar a oposição. Enquanto isso, a ditadura, profundamente entreguista e atrelada aos Estados Unidos, promovia políticas econômicas que favoreciam as empresas estrangeiras, jogando a maioria da população na miséria, sem recursos básicos como saúde, educação e moradia.

A tomada do poder por Batista e o acirramento de sua ditadura desencadearam uma série de protestos e manifestações contra seu regime, incluindo greves, passeatas e atos de sabotagem. Foi em meio a todo esse descontentamento que Fidel Castro e um grupo de jovens guerrilheiros se uniram para planejar um ataque ao Quartel Moncada, que era uma das maiores instalações militares do país e símbolo do poder do governo.

Em 26 de julho de 1953, Castro, ao lado de 165 outros homens, tentaram assaltar o quartel contra o governo ditatorial de Fulgencio Batista. O quartel estava localizado na cidade de Santiago de Cuba, a segunda maior cidade do país.

O objetivo dos revolucionários era obter armas e iniciar uma revolução contra o regime de Batista, que havia tomado o poder em um golpe de estado em 1952. No entanto, o ataque não foi bem-sucedido, e as forças armadas de Fulgencio responderam com força, matando muitos dos rebeldes e capturando o restante.

Fidel Castro e seus principais líderes foram presos e condenados a longas penas de prisão. O julgamento de Fidel e de outros revolucionários envolvidos no episódio foi uma completa farsa. Os advogados dos réus foram impedidos de apresentar suas defesas e as testemunhas foram intimidadas a fornecerem depoimentos falsos. Além disso, vários dos acusados foram torturados enquanto estavam sob custódia policial.

Os julgamentos ocorreram em outubro de 1953, apenas alguns meses após o assalto, e foram realizados em Santiago de Cuba. Fidel Castro assumiu a sua própria defesa e fez um discurso famoso intitulado A História Me Absolverá, no qual condenou o regime de Batista e defendeu a luta armada contra a ditadura.

Apesar do apelo emocional de seu discurso, Castro e os outros rebeldes foram condenados à prisão. Ele recebeu uma sentença de 15 anos.

No entanto, Castro tornou-se um símbolo da luta contra o governo de Batista e, após ser liberto, em 1955, como parte de uma anistia geral, se exilou no México e começou a planejar uma nova tentativa de derrubar o regime de Batista em Cuba. Em 1956, Castro e um grupo de cerca de 80 revolucionários – incluindo Ernesto Che Guevara – desembarcaram em Cuba, na costa sul da ilha, a bordo do navio Granma.

Infelizmente, o desembarque foi mal sucedido e muitos dos rebeldes foram capturados ou mortos pelas forças do governo. Castro e um pequeno grupo de militantes conseguiram escapar e se esconder nas montanhas da Sierra Maestra, onde estabeleceram uma base para continuar sua luta contra Batista.

Ao longo dos próximos dois anos, os revolucionários, liderados por Castro, travaram uma guerra de guerrilha contra as forças da ditadura, atraindo cada vez mais apoio da população cubana. Em 1959, com a queda do governo de Batista, Fidel Castro, ao lado do povo, cubano, tomou o poder, inaugurando um novo episódio na história da humanidade e da luta dos oprimidos.

No próximo domingo (30), o Partido da Causa Operária (PCO) e os Comitês de Luta, em parceria com o Consulado de Cuba, realizarão um evento na capital paulista para denunciar e protestar contra o bloqueio imperialista sobre a ilha caribenha. A atividade terá como tema central os 70 anos do assalto ao quartel Moncada.

Companheiros de todo o Brasil estarão presentes no evento, que contará com o cônsul cubano, Pedro Monzón, bem como com Rui Costa Pimenta, o presidente nacional do PCO. Ele ocorrerá no Centro Cultural Benjamin Péret, Rua Conselheiro Crispiniano n. 73 – República, próximo ao Theatro Municipal e ao metrô Anhangabaú.

Todos os leitores estão convidados a participarem desse importantíssimo evento, que será realizado todo final de mês ao redor do Brasil.

Confira a programação completa logo abaixo:

  • 10h: Debate sobre as consequências do bloqueio dos EUA (com Pedro Monzón, cônsul de Cuba em SP; Lina Noronha, Associação José Martí da Baixada Santista; Vitor Ribeiro, Coletivo de Jornalistas Amigos de Cuba; e Carmen Diniz, Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba)
  • 13h: Almoço com culinária cubana
  • 15h: Palesta 70 anos do Assalta ao Quartel Moncada (com Rui Costa Pimenta, presidente do PCO)
  • 17h: Cineclube (Documentário A Gota d’Água)
  • 18h30: Noite musical com música cubana

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