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Golpe se formando?

Nós avisamos…

A atitude das Forças Armadas e das polícias, frente aos atos bolsonaristas, leva a crer que um golpe parece estar sendo formado. Por isso é urgente a formação de uma base popular.

Fim das polícias

Os acontecimentos neste domingo (8), em Brasília, demonstram que existe uma operação em andamento de dentro dos quartéis para desestabilizar o governo Lula.

Faz muito tempo que boa parte da esquerda vem clamando por cadeia, por repressão contra os bolsonaristas. Quando Bolsonaro fazia sua motociatas se deu o mesmo, pediram multa e nada aconteceu, óbvio.

A ilusão de setores pequeno-burgueses foi acreditar que a prisão de determinadas figuras do bolsonarismo – de fato irrelevantes – seria uma prova de que as “instituições” combatiam o fascismo. O Supremo Tribunal Federal, essa corte golpista, passou a ser defendida e, notadamente, o ministro Alexandre de Moraes, ganhou status de celebridade. Justamente um dos juízes que votou pela prisão de Lula.

As forças policiais e militares são em sua maioria bolsonaristas. O tratamento que deram aos manifestantes que bloquearam estradas, acamparam em frente a quartéis, provaram que nada de fato seria feito.

Batata quente

Essas prisões efetuadas em Brasília vão dar em nada. Eventualmente, um ou outro bolsonarista será preso. Mas será praticamente impossível responsabilizar os manifestantes.

Dentre os manifestantes existem diversos policiais, coronéis do Exército. Será que o ‘super Xandão’ vai colocar toda essa gente na cadeia?

Quanto tempo vai demorar, lembrado que a polícia não terá pressa em comprometer os bolsonaristas, para se fazer as investigações? E os juízes (inúmeros são bolsonaristas) usarão o rigor em suas sentenças.

O PCO surfa na onda?

Um ou outro internauta desavisado acabou postando nas redes que o PCO só começou a divulgar os atos do dia 9, terça-feira, depois que os demais partidos fizeram a convocatória, o que é absolutamente falso. Na verdade, é o partido que mais tem feito convocações e não é de hoje.

O PCO não saiu das ruas mesmo durante a pandemia. Enquanto a esmagadora maioria da esquerda ficava no sofá repetindo o “fique em casa” e pedia prisão para Bolsonaro por não usar máscara etc., o Partido convocou todos a lutarem por testes em massa, vacinação para todos e quebra das patentes.

Durante a pandemia, aqueles que pregavam o ‘fique em casa’, saíram, milagrosamente, de debaixo da cama em 2018. Tudo leva a crer que foi a busca de votos que motivou tamanho voluntarismo. Passadas as eleições, no entanto, os oportunistas voltaram para o aconchego de seus lares, enquanto milhões de trabalhadores enfrentavam as conduções lotadas e se contraíam o vírus.

Apenas o PCO teve coragem de convocar e realizar um 1º de Maio, pois a direita queria sequestrar até essa data. O Partido falou da importância de se dar uma resposta política para o bolsonarismo que tomava as ruas. Enquanto isso, havia setores da esquerda que queriam comemorar a data fazendo uma live e com discurso até de um FHC, inimigo mortal dos trabalhadores.

O ano de 2021, quando os atos pelo Fora Bolsonaro começavam a ganhar força e davam uma perspectiva de haver um equilíbrio com a extrema-direita, setores da esquerda sabotaram sistematicamente as manifestações, impediram que se tornassem manifestações massivas. Tentaram compor com Ciro Gomes, João Doria etc., e minar a candidatura Lula.

O Sete de Setembro foi avassalador, a extrema-direita deu uma grande demonstração de força por todo o Brasil e lotaram a Avenida Paulista, tradicional local da esquerda que, mais uma vez, balbuciou que faria um ato dias depois que, obviamente, foi pífio e desmoralizante.

O PCO insistia que Lula deveria ir para as ruas para massificar os atos, mas encontrou resistência dos mesmos sabotadores que achavam que Lula teria de se proteger de uma suposta tentativa de atentado. Por isso os atos eram todos com cercas, revistas e por isso foram se esvaziando.

Lula ganhou a eleição quando entendeu que a única saída seria fazer aquilo que o PCO vinha insistindo: ir para as ruas. Isso tudo demonstra que o PCO estava há muito fazendo convocações. No entanto, não parou por aí.

Durante a campanha eleitoral, o Partido insistiu que o PT e Lula deveriam buscar as massas para criar uma base de sustentação pós eleição; insistiu veementemente que essa seria a única maneira de combater o bolsonarismo.

Apesar do insistente chamado, o que vimos foi a naturalização de parte da esquerda da presença de um Alckmin como vice de Lula.

Comitês de Luta

Quem mais exaltou a importância dos Comitês de Luta foi o PCO e a base combativa do PT. Com a vitória de Lula, o partido alertou que o futuro governo seria bombardeado e que não poderia, nem mesmo deveria, contar com o apoio das instituições burguesas.

Tirando o PCO, poucas vozes, como a de João Pedro Stédile, vieram a público para lembrar da importância dos Comitês para sustentar o governo. E propôs que houve plenárias preparatórias para um grande encontro nacional.

A vitória de Lula nas urnas, por uma pequena margem, inclusive, não seria suficiente para estabilizar o futuro governo. O clima já vinha sendo criado desde muito antes pelo bolsonarismo. Os bloqueios da estradas deram todos os sinais de que a coisa escalaria, mas não se mexeu para a consolidação dos Comitês.

Apenas depois dos distúrbios em Brasília é que resolveram que seria melhor convocar um ato em defesa da democracia.

Em vez de montar os Comitês, a esquerda em geral gastou energia pedindo para a polícia e o STF colocarem os manifestantes bolsonaristas na cadeia. Aliás, ‘terroristas’, atrás das grades. Coisa que, é preciso insistir, não vai acontecer.

Omissão?

Estão dizendo que houve omissão por parte das forças armadas e da polícia para combater os bolsonaristas. Mas, os fatos mostram que é muito mais do que isso. Um ou outro jornalista que está perguntando “e os generais?”. O Exército fez um cordão de isolamento e impediu que a polícia entrasse no QG dos manifestantes.

Não existe omissão, mas um ato deliberado para desestabilizar e colocar o governo na defensiva. Insistimos, a única maneira de se defender o governo Lula será com a presença da classe trabalhadora nas ruas. As polícias e o Exército estão atuando contra o governo. O STF não vai peitar as Forças Armadas, como não fizeram na prisão de Lula e na tutela de Dias Toffoli, ministro no qual penduraram um milico.

Tudo indica que um golpe começa a ser preparado e algo precisa ser feito. Portanto, considerem-se avisados aqueles que acham que o problema é falta de aviso. O problema é a falta de ação e a crença na perseguição política, na cadeia e nas instituições burguesas. A esquerda tem que acreditar e se apoiar na classe trabalhadora, caso queira vencer a extrema-direita e fazer gorar esse ovo que começa a ser chocado dentro das Forças Armadas.

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