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03/10/1953

Nos 70 anos da Petrobrás, defender o petróleo 100% estatal

Petrolífera brasileira comemora fundação em meio a pressão do imperialismo para que riquezas fiquem sob o solo

No dia 3 de outubro de 1953, era, enfim, fundada a Petróleo Brasileiro S.A., conhecida hoje como Petrobrás. Maior empresa brasileira, a Petrobrás, é também uma das mais importantes e desenvolvidas de todo o planeta, tendo sido responsável pela criação de tecnologias inéditas, como as que foram utilizadas na descoberta da camada Pré-Sal.

A história da fundação da Petrobrás já conta bastante sobre a luta que vem sendo travada hoje contra o petróleo brasileiro. Por décadas anteriores à fundação da empresa brasileira, discutia-se que o Brasil sequer tinha petróleo! A campanha contra o petróleo brasileiro foi muito bem documentada, à época, pelo escritor Monteiro Lobato, que publicou “O escândalo do petróleo”. “O petróleo está hoje praticamente monopolizado por dois imensos trusts, a Standard Oil e a Royal Dutch & Shell. Como dominaram o petróleo, dominaram também as finanças, os bancos, o mercado do dinheiro; e como dominaram o dinheiro, dominaram também os governos e as máquinas administrativas”, disse Lobato no livro. O autor seria até mesmo preso em virtude de suas colocações.

Conforme explicado por Lobato, a posição de que não havia petróleo no Brasil era absurda e poderia ser facilmente desmentida pelos países vizinhos, onde já havia exploração do “ouro negro”. Naquele momento, a Venezuela já despontava como dona de uma grande reserva de petróleo. Monteiro Lobato ainda chegou a acusar diretamente os monopólios por assassinar aqueles que chama de “os primeiros mártires do petróleo”. Isto é, pessoas como o alemão José Bach, que dizia que em Alagoas havia petróleo “para abastecer o mundo” sendo encontrado misteriosamente afogado.

A pressão do imperialismo, no entanto, não era somente contra o petróleo, mas contra qualquer riqueza importante explorada pelo Brasil. Antes da fundação da Petrobrás, já havia também uma campanha contra a siderurgia, que alegava que o Brasil não tinha carvão de qualidade.

Diante das recentes descobertas, a discussão sobre o Brasil ter ou não petróleo se tornou ridícula, desmascarando a canalhice dos “Intelectuais” que defendiam tal tese na época. O Brasil pode muito facilmente se tornar o dono da maior reserva de petróleo do mundo, a depender da exploração do Pré-Sal e da Margem Equatorial.

A fundação da Petrobrás, por sua vez, não foi aceita tranquilamente pelos monopólios, e só aconteceu por causa de um grande movimento nacionalista, liderado por militares, que ficou conhecido como “o petróleo é nosso”. O movimento foi capaz de pressionar até mesmo Getúlio Vargas, que tinha pretensões menos ambiciosas no que diz respeito à Petrobrás.

Diante de tudo o que aconteceu com a empresa, sobretudo no governo de Fernando Henrique Cardoso, e diante da nova ofensiva do imperialismo contra a Petrobrás agora é necessário refazer a discussão sobre a Petrobrás. É preciso, em primeiro lugar, estabelecer que a chamada “ecologia” não pode vir em primeiro lugar quando se trata de soberania e de segurança nacional. Atitudes como a do Ibama, de proibir a pesquisa na Margem Equatorial, devem ser completamente rechadçadas.

Ao mesmo tempo, é preciso uma nova campanha “o petróleo é nosso”. Agora, não mais com o intuito de fundar uma grande empresa, mas sim para tornar a Petrobrás 100% estatal e dona do monopólio de toda a cadeia produtiva do petróleo, passando pelo seu próprio refino.

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