Mesmo com o bloqueio imposto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o canal de Monark no Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos, continua no ar. O influenciador, um dos fundadores do Flow Podcast, havia sido banido após os acontecimentos de 8 de janeiro em Brasília. Com o canal ainda em atividade, Monark chegou a afirmar o seguinte: “O Estado falou que é ilegal eu existir”.
No dia dos ataques bolsonaristas às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, Moraes ordenou a suspensão de 14 perfis das redes sociais, de acordo com pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Durante uma edição do Monark Talks exibida no dia 17 de janeiro, o apresentador disse que não teve acesso ao processo:
“Como vou saber? Você não sabe qual o juiz, qual advogado, qual promotor, você não sabe por qual crime está sendo acusado, em qual foro vai apresentar uma petição. Só o Xandão sabe”, afirmou o apresentador.
Ele continuou destacando que estamos numa ditadura:
“Dentro de uma ditadura, que é o que a gente vive hoje em dia, o poder dos burocratas, que estão no topo da hierarquia da ditadura, é ilimitado. Eles podem fazer o que quiser. O cara tirou o governador do poder”, disse.
Na quarta-feira (25), a Meta, empresa que controla o Instagram e o Facebook, afirmou que vai liberar o acesso de Donald Trump às suas plataformas. “O público precisa ouvir o que os políticos estão dizendo para tomar decisões”, disse Nick Clegg, chefe de assuntos internacionais da empresa.
Entretanto, a Meta advertiu que, caso Trump cometa novas “infrações”, determinadas pelo regimento de suas plataformas, poderá ser banido mais uma vez.
“Caso o senhor Trump publique mais conteúdo com violações, o conteúdo será removido e ele será suspenso pelo período de um mês até dois anos, a depender da severidade da violação”, acrescentou Clegg.
Similar ao caso de Monark, Trump foi banido do Instagram, do Facebook e do Twitter após realizar publicações denunciando a fraude das eleições americanas de 2020. Ato que foi o principal pontapé para a censura generalizada nas redes sociais não só nos EUA, mas no mundo inteiro.
Em novembro, Trump teve seu acesso reestabelecido no Twitter. A reversão de seu bloqueio nas demais plataformas demonstra a crise nos Estados Unidos, onde o ex-presidente, que já afirmou que pretende se candidatar em 2024, consagrou-se como a principal força política de oposição ao setor imperialista encabeçado pelo Partido Democrata, que está no poder.