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"Um inferno"

Neymar abre o jogo sobre perseguição na França

Para quem tinha dúvidas sobre a perseguição do imperialismo, Neymar caracterizou como "um inferno" sua situação na França

O camisa 10 da Seleção Brasileira falou sobre sua passagem pelo futebol francês em entrevista à Globo. Nela, explicitou o clima pesado que o circundou em Paris desde o começo e até durante a reedição da sua parceria com o argentino Lionel Messi. Segundo Neymar, enquanto jogadores do Paris Saint-Germain, ambos viveram “um inferno”. Algo difícil de se entender quando se levanta que em 173 jogos pelo time, marcou 118 gols e fez 71 assistências, média superior a uma participação direta em gol por jogo.

Chegando a Paris naquela que é até hoje a transferência mais cara de um jogador de futebol, o PSG desembolsou 222 milhões de euros para tirá-lo do Barcelona em 2017. Foram seis temporadas, onde conquistou cinco campeonatos nacionais (a Ligue 1), três Copas da França, duas Copas da Liga Francesa e três Supercopas da França. Neymar tentou carregar o time nas costas no principal torneio europeu, a Liga dos Campeões, mas o talento do craque sozinho não foi o suficiente para levar esse clube sem tradição ao título. Mesmo assim, liderou a equipe na melhor campanha da sua história na competição em 2020, quando o PSG disputou sua única final na liga.

A frustração foi inflamada pela imprensa francesa, que elegeu Neymar como responsável pelo fracasso do clube nas tentativas ao longo dos anos. Inclusive repercutindo falsas acusações de falta de profissionalismo do atleta, algo que contrasta acentuadamente com os relatos de companheiros de clube e profissionais do futebol que trabalharam com ele. Não é nem objeto sério de discussão a questão profissional de Neymar, como foi confirmado pelo treinador Dorival Júnior em uma entrevista recente.

Parte da campanha para blindar as agressões ao jogador em campo, especialmente no grosseiro futebol francês, as lesões do craque passaram a ser explicadas por falhas de comportamento de Neymar. A campanha implacável da imprensa surtiu efeito e conseguiu colocar até os torcedores do PSG contra Neymar. Aparentemente, os franceses queriam que o craque se convertesse em um europeu insosso, mas mantivesse em campo a malícia desenvolvida na infância pobre no Brasil. Como não podia deixar de ser, em se tratando de Europa, Neymar foi atacado por todos seus traços de origem, como sua cultura e sua cor de pele.

Mas tudo bem. Vale tudo contra quem o imperialismo decide sabotar. Ainda em março desse ano, o ex-atacante francês Dugarry comemorou publicamente a lesão do craque: “Estou muito feli pelo PSG que Neymar tenha se lesionado. Acho que é uma chance incrível para Galtier (então treinador do time). Em algum momento, ele teria que ter coragem de tirar o Neymar, era a única solução. Esse time está muito mais equilibrado com cinco jogadores na defesa, três no meio e a dupla Mbappé-Messi na frente”.

Para além da falta de caráter do francês, vale anotar que sem Neymar o rendimento do time despencou. O recalcado ainda acrescentou: “Não consigo mais vê-lo jogar. Acho ele insuportável com seus dribles, com sua atitude. Isso me cansa, não quero mais vê-lo jogar”. Não só ele, como os juízes franceses também. Neymar chegou a tomar cartão amarelo por tentar aplicar uma “carretilha” num zagueiro, num momento insólito do Campeonato Francês. Neymar tomou uma bronca do juiz depois da tentativa e, ao retrucar, tomou cartão amarelo.

Num trecho da entrevista recente, Neymar comentou sobre sua parceria com Messi e o tempo em que jogaram juntos em Paris:

“Eu fiquei muito feliz pelo ano que ele fez, mas, ao mesmo tempo, muito triste, porque ele viveu os dois lados da moeda, foi ao céu com a seleção da Argentina, ganhou tudo nos últimos anos, e com o PSG viveu um inferno, nós vivemos um inferno, tanto ele quanto eu. A gente fica chateado, porque não estamos ali à toa, mas para dar o nosso melhor, ser campeão, tentar fazer história, por isso a gente voltou a jogar junto, a gente se uniu ali para que pudesse fazer história. Infelizmente, não conseguimos”.

Parte da estratégia do craque ao negociar sua transferência para o futebol árabe foi justamente se livrar do longo contrato de mais cinco anos com o PSG. Após duas temporadas no Al-Hilal, Neymar estará livre para escolher onde quer jogar. Que seja em algum lugar onde se aprecie o bom futebol, para que tenha paz e possa se preparar para trazer o hexa em 2026!

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