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Aniversário da Ditadura de 64

Neste dia 31, às ruas pelo fim da tutela militar!

Em defesa das reivindicações dos trabalhadores, militantes do Partido da Causa Operária estão organizando ato nacional em São Paulo contra a tutela militar sobre o regime

Na próxima sexta-feira o golpe militar de 1964 completa 59 ano. Com o fim da ditadura, o dia 31 de março passou a representar uma data de luta, na qual militantes de esquerda de todo o País vão às ruas para denunciar os horrores da ditadura militar e, ao mesmo tempo, protestar contra a direita e a extrema-direita nos dias de hoje.

Com a chegada do dia, o Partido da Causa Operária (PCO) convocou um ato nacional em São Paulo que tem como principal palavra de ordem Abaixo a Tutela Militar sobre o Regime. A manifestação, que ocorrerá no dia 31, às 16h, na Praça Oswaldo Cruz, também denuncia os sabotadores e golpistas dentro do governo Lula, exigindo a sua saída. Após a concentração, os militantes sairão em passeata por São Paulo.

Confira a convocatória logo abaixo:

Os atos também serão realizados em outros estados do País, como em Brasília, onde ocorrerá na Praça Zumbi dos Palmares, perto da Rodoviária do Plano Piloto. 

No ano passado, enquanto Bolsonaro ainda estava no poder e procurava garantir um segundo mandato, os atos do dia 31 de março tinham como tema central a luta contra a ditadura de ontem e de hoje. Naquele momento, a extrema-direita, por meio do Executivo, ganhava força e ameaçava as organizações populares preparando-se para as eleições. Além disso, o judiciário, principalmente o Supremo Tribunal Federal (STF) que, poucos meses depois, bloqueou as contas nas redes sociais do PCO, também instituía umw verdadeira ditadura, atacando os direitos democráticos do povo brasileiro.

Agora, a situação é outra. A mobilização popular conseguiu derrotar a burguesia golpista e impôs a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, ainda há muito a se fazer: Lula está sofrendo pressões de todos os lados, pressões que pretendem empurrá-lo cada vez mais à direita e, caso não consigam, tirá-lo do poder por meio de mais um golpe. Quem leva essa campanha adiante é tanto a burguesia mais tradicional, como o União Brasil, o PSDB, o MDB e similares, quanto a extrema-direita e, consequentemente, os militares.

Prova disso foram as invasões bolsonaristas que ocorreram em 08 de janeiro deste ano. Para desestabilizar Lula, que havia tomado posse havia uma semana, os militares orquestraram uma série de manifestações bolsonaristas e, posteriormente, a invasão das sedes dos Três Poderes, deixando claro que não são nem um pouco favoráveis ao novo governo.

Nesse sentido, tutelam o regime político brasileiro, utilizando a força política e material que possuem para influenciar os representantes eleitos pelo povo e obrigá-los a colocar em prática uma política favorável à extrema-direita, e não ao povo. Algo que, com a evolução da situação política e um consequente aumento na polarização, resulta em uma atuação fascista por parte das Forças Armadas, como foi, por exemplo, em 1964.

A burguesia já deixou claro que não deixará o presidente governar, ele está sendo sabotado por seus ministros direitistas – como Tebet e Juscelino Filho -, pelo Congresso e pelo Senado, pelo Banco Central, pela imprensa capitalista e, finalmente, pelas Forças Armadas. Até mesmo o General Tomás Paiva, indicado por Lula após o 08 de janeiro por ser de mínima confiança em contraposição ao anterior, afirmou, em relação à eleição de Lula, que “infelizmente, foi o resultado que, para a maioria de nós, foi indesejado, mas aconteceu”.

Trata-se de uma demonstração de que nem mesmo os militares mais próximos de Lula podem ser confiados. É Bolsonaro quem domina as Forças Armadas, a extrema-direita tem uma grande influência sobre esse setor e, com isso, pode ameaçar o governo de esquerda, partindo, eventualmente, para ofensivas mais agressivas, como as invasões bolsonaristas.

Frente a isso, deve ficar claro que este é o momento para tomar as ruas em defesa das reivindicações dos trabalhadores que, com Lula no poder, podem ser defendidas com muito mais facilidade. Por isso, todos os partidos e grupos de esquerda, centrais sindicais e sindicatos e, de maneira geral, todas as organizações representantes da luta dos trabalhadores devem convocar e participar amplamente dos atos de 31 de março, deixando claro que a direita não fará o que bem entender com o governo eleito pelo povo trabalhador.

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