Após 40 dias de guerra na Palestina, uma série de manifestações de apoio a luta dos palestinos foi realizada no Brasil. Dentro da esquerda brasileira, no entanto, pudemos ver um grande exemplo de defensiva e capitulação perante a necessidade de defender a luta armada dos palestinos contra o Estado criminoso de Israel. Essa capitulação procura comprometer a mobilização em defesa da Palestina e isso está diretamente ligado com a tentativa de expulsar o PCO das manifestações.
Ao longo dos atos, houve reclamações por levarem muitas bandeiras do PCO, depois houve reclamações por conta das bandeiras do Hamas e, finalmente, chegaram a mencionar que o partido estaria “desconvidado” a participar do ato. Ainda essa semana, os supostos organizadores do ato publicaram uma nota criminosa na Carta Capital demonstrando insatisfação do movimento em ter a participação do partido. O motivo seria o de adotar uma “postura desrespeitosa” nos atos. Para tentar dar legitimidade a esse absurdo, colocaram um monte de assinaturas falsas e genéricas.
Essa iniciativa de tirar o PCO dos atos só deixa claro a falta de compromisso dessas organizações com a verdadeira luta em defesa da Palestina. Em todas as manifestações, quem compõe o maior bloco é o PCO, quem leva panfletos, cartazes, adesivos e faixas em defesa da Palestina, é o PCO. Nos atos de São Paulo, o Partido chegou a dispor de carro de som para que todos os organizadores do ato pudessem falar, quando a dita “organização do ato” levava um equipamento de som minúsculo.
Cabe dizer que tudo isso acontece, principalmente, porque desde o início o PCO saiu em defesa do Hamas, que lidera a luta dos palestinos contra o Estado genocida de Israel. São eles, junto de outros grupos armados, que lutam na prática contra o genocídio e os bombardeios. A esquerda capitula grosseiramente ao não defender esses grupos, por medo do sionismo e da pressão da imprensa burguesa. Querem fazer uma manifestação pacífica, sem incomodar os sionistas, que inclusive estão dentro de vários partidos da esquerda no Brasil.
Essa postura capituladora se deve, em grande medida, à postura covarde do PT de não enfrentar essa guerra de frente. A direção do partido não realizou debate algum, deixando toda a base – e um setor muito expressivo dos trabalhadores e da esquerda brasileira – sem uma política para uma das maiores crises já vistas neste século. Esses setores da esquerda que abrem mão de defender a luta armada, capitulam diante da luta internacional dos trabalhadores. Demonstração de solidariedade e lamentos não vão mudar nada na situação de genocídio por qual passam os palestinos. Esse genocídio só será parado por uma ação organizada dos trabalhadores em todo o mundo.
O ataque ao PCO, perpetrado pela burguesia brasileira e a esquerda pequeno burguesa, não fará o partido abrir mão dos seus princípios. Como um partido trotskista, que carrega o nome de Leon Trótski, o militante mais caluniado do século XX, não será mais essa campanha de calúnias que os fará retroceder. Como disse o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, em sua análise política:
“Nós não vamos abrir mão do direito sagrado de defender aqueles que lutam porque são caluniados pela imprensa burguesa podre, pelo sionismo, pela imprensa burguesa podre internacional e pelo imperialismo. Não abriremos mão desse direito.”
O movimento em defesa da Palestina cresce no mundo inteiro e não será a capitulação dos setores atrasados da esquerda que o farão retroceder. O PCO é a principal frente, a principal – e praticamente a única – empenhada em organizar uma ampla campanha em defesa da Palestina. Essas tentativas de nos intimidar já se demonstraram um total fracasso e derrotadas pela força política de um movimento sério, que o partido procura organizar.
A persistência dos ataques ao Partido afundará ainda mais a cova desses setores falidos da esquerda pequeno burguesa. A luta palestina pode ser um ponto chave para uma vitória decisiva dos trabalhadores mundialmente sobre o Estado ilegítimo de Israel.
Reforçamos para que fique bem claro:
Todo apoio a Palestina! Todo apoio ao Hamas, a Jiade Islâmica, ao Hesbolá, a FPLP, a Frente Democrática de Libertação da Palestina e a todos os grupos armados que lutam com o povo palestino!
