O recrudescimento ao tratamento da liberdade de expressão dos indivíduos no Brasil tem se agravado a cada dia. Qualquer assunto polêmico ou declaração dúbia tem sido tratado não como uma simples ação normal do cotidiano de uma democracia, mas com a tarja de fake news. E esse tipo de ação tem sido tradada como um crime passível de cadeia.
Cinco anos de cadeia, para ser mais preciso. É isso que levou o carioca Alexandre Cezar Zibenberg, advogado e blogueiro, ao falar mal do tão temido ministro do STF, Alexandre de Morais. O advogado acusou o ministro de corrupção alegando que o ministro teria recebido suborno do Cartel de Trens, segundo um ex-diretor da Siemens. Essa nota foi escrita em 2020 e ocasionou um processo-crime que resultou na condenação citada.
Diferente do que diz a Constituição brasileira, a qual deixa claro que é permitida a liberdade de expressão irrestrita, vedado o anonimato, a prerrogativa imposta pelo STF às outras instâncias judiciais coloca que a liberdade de expressão não existe. Pois falar qualquer coisa, mesmo que seja uma mentira, deve ser considerado liberdade de expressão. Se a pessoa só pode falar o que é verdadeiro, ela está tendo o direito a liberdade dela maculado.
Interessante é que os maiores mentirosos de todos são da imprensa burguesa, os quais disseminaram uma série de notícias falsas sobre a ex-presidenta Dilma, na época do golpe de Estado de 2016, e contra o presidente Lula, no período da farsa do Mensalão. Essa imprensa jamais é perseguida e condenada. Pelo contrário. Em grande medida, cabe a eles a perseguição dos supostos mentirosos dos pequenos blogs e dos pequenos elementos que lutam para se expressar na internet.