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Defesa da polícia

Não é “comunismo”, é fascismo

A "escola" de onde vem Flávio Dino não é progressista, nem de esquerda

O senhor Flávio Dino muito tem se esforçado para se manter no posto de pior ministro do governo Lula. Tamanha dedicação, contudo, é desnecessária: seus concorrentes não conseguem chegar sequer aos pés quando se trata de incompetência, autoritarismo e ignorância. O atual ministro da Justiça, em menos de um ano, já acumula em sua ficha a responsabilidade pela invasão das sedes dos três poderes, a associação do governo ao famigerado projeto de lei das “fake news”, a leniência total com as chacinas causadas pela polícia, os vergonhosos acordos do governo brasileiro com os organismos de “inteligência” dos Estados Unidos e a suspeita participação da Polícia Federal em uma operação para reciclar a imagem do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Dino poderia tomar as piores decisões como ministro, mas, ao menos, ficar calado. Mas nem isso: metido a pastor evangélico, o ministro adora fazer discurso, falar em Deus, publicar na internet o resultado de suas ações e ainda falar muita, mas muita abobrinha em cada oportunidade que aparece de ser entrevistado.

Por mais vergonhoso que seja para Dino, suas falas, contudo, têm um lado muito positivo para o conjunto da população: elas são bastante esclarecedoras. O que Dino fala, é o que Dino pensa. E o que pensa, é o que faz: o Ministério da Justiça atua a serviço da repressão do povo pobre porque o ministro da Justiça pensa que, para o trabalhador, o pau tem que comer mesmo.

Que essa é a mentalidade de Flávio Dino, ficou claro em entrevista recente que deu a jornalistas na Bahia, quando falou que o uso da força é “inerente” à ação policial. Isto é, que a forma habitual com a qual o Estado deve lidar com os seus cidadãos é por meio da violência. Ouvindo Dino falar, qualquer um consegue compreender por que há mais de 800 mil pessoas presas no Brasil. No País, a regra é a “força”.

Está passando fome? Força! A vida é uma desgraça e caiu no mundo das drogas? Força! Protestou? Força! Trata-se do “Estado forte” de Dino: o Estado que bate com muita força na cabeça dos pobres coitados cuja vida miserável não é ajudada em nada pelo Estado.

Na mesma entrevista, Dino apresentou outra famosa ladainha que aparece toda vez em que a polícia apronta uma barbaridade. Segundo Dino, quando acontece uma chacina, ela ocorre por causa “das pessoas”, e não da “instituição”. Mas se é assim, Dino, então por que, em apenas um mês, mais de 70 pessoas foram assassinadas pela polícia na Bahia? Há de ser muita coincidência haver tanta gente “má” na polícia…

Por que não há uma proporção tão grande de gente “má” em um time de futebol, em um grupo de funcionários de uma empresa qualquer ou em qualquer outra atividade social no Brasil? É óbvio que o problema está na “instituição”: a polícia, tal como é organizada e comandada, não pode ter outro resultado que não o esmagamento da população pobre. O argumento do ministro, portanto, não é honesto: é uma defesa da atuação criminosa da polícia.

Há poucos dias, em outra enxurrada de declarações bizarras, Flávio Dino, em meio a uma entrevista à Globonews, afirmou: “é falsa a ideia de que existe segurança sem força”. Ao tratar de uma operação, na mesma entrevista, ainda disse: “qual é passo seguinte? É enviar uma carta pedindo para essas pessoas se entregarem à polícia? Claro que não”.

O que passa na cabeça de Flávio Dino é o mesmo que passa na cabeça dos policiais que protagonizaram a chacina do Guarujá. Aqueles homens negros, pobres, que não têm nem o que comer direito, não são seres humanos. Não devem ser julgados, não merecem ter direitos. São “bandidos”. São uma espécie de alienígena, de monstro que deve ser combatido a qualquer custo. Por isso, a única forma de lidar com eles é pelo meio da “força” – leia-se, uma bala na cabeça.

O problema é que a escola onde Dino aprendeu isso não é a “escola” do “comunismo”, de onde dizia ter vindo, quando membro do Partido Comunista Brasileiro (PCdoB), nem do “socialismo”, que advoga hoje no Partido Socialista Brasileiro (PSB), nem mesmo em qualquer “escola” progressista. Quem pensa que “bandido bom é bandido morto”, que o povo pobre não tem direito e que a polícia está acima de tudo e de todos é a direita fascista.

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