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Liberdade de expressão

Não compre jornais, minta você mesmo

Programa discute o caso Nikolas Ferreira e a necessidade de defendermos a liberdade irrestrita de opinião

Na semana do dia internacional de luta das mulheres, a COTV Canal reserva transmitiu diversos debates sobre a luta e condição da mulher sob o regime capitalista. O programa Não compre jornais, minta você mesmo, apresentado por Eduardo Vasco, não deixou de abordar o tema e polemizar, em especial a polêmica criada pelo deputado federal do Partido Liberal (PL) de Minas Gerais, Nikolas Ferreira, que acusou as pessoas trans de usurparem o papel das mulheres, as quais, na visão das feministas, só seriam valorizadas se também fossem feministas, adquirindo assim o tal “lugar de fala”.

Eduardo Vasco e Felipe Cifarelli discutiram e concordaram que os representantes do povo, como é o caso dos deputados, têm o direito de expressar sua opinião e, sobretudo, a de seus eleitores. Embora o referido deputado seja um demagogo e, assim como toda a direita, não defenda direito nenhum das mulheres, ele tinha todo direito de opinar, espernear e fazer o “teatro” que fez. Segundo os apresentadores, Ferreira não praticou nenhuma transfobia, algumas militantes feministas, inclusive, têm a mesma opinião do deputado direitista. Como diz Cifarelli, “Tudo é transfóbico. Hoje em dia você sair no carnaval e o cara pôr uma peruca, que é uma coisa normal no Brasil inteiro, homem sair de mulher não pode, é transfobia. Não, na verdade é cultura no Brasil, é normal isso aí, desde criança, pequeno, inocente fazemos essa brincadeira, por que ofenderia alguém botar uma peruca? ”, questiona.

A função do parlamento

Eduardo Vasco traz à tona a essência do parlamento, que é discursar. “O nome parlamento vem de parler, ou seja, falar, discursar, dar a opinião. Essa é a essência da democracia”.

O parlamento é o local onde os representantes do povo expressam a opinião de seus eleitores. Nikolas Ferreira teve mais de um milhão de votos, ou seja, são cidadãos que concordam com o que ele falou. Isso precisa ser respeitado; do contrário, teremos um Estado policial, que cerceia direitos fundamentais. No caso específico do deputado, não houve nenhum crime de ódio, ele não incitou nada, apenas fez uma crítica, cujo conteúdo devemos debater e concordar ou não. Do contrário, pedir cassação ou silenciá-lo, independente das bobagens que fale, é uma traição a mais de um milhão de eleitores que o elegeram para representá-los.

Os identitários

Está cada dia mais claro que a posição dos identitários é muito reacionária e ditatorial. Eles querem que suas opiniões sejam unânimes, que sejam um dogma a ser sempre repetido. Essa exigência é antidemocrática, é uma perseguição que vai de encontro à liberdade de expressão, esse direito fundamental que está sob dura ameaça da sociedade burguesa, que já não o respeitava e agora o quer destruir totalmente; inclusive com a ajuda da esquerda pequeno-burguesa, que deveria defender caninamente esse direito.

“O que essa esquerda faz, essa esquerda identitária, no que ela é muito parecida com a direita, é atacar por razões políticas, não por convicção ideológica, só estão atacando o cara porque o cara é bolsonarista. Se o Boulos falasse uma coisa parecida, o pessoal não ia ficar enchendo o saco dele”, afirmou Vasco.

A censura que os identitários vêm impondo é um ataque à maioria da população. Não existe limite na liberdade de expressão, do contrário não existirá liberdade, não há uma balança moral para analisar o que pensamos. Cada um deve pensar o que quiser e expressar o que pensa, do contrário seremos sufocados, calados e tendo que engolir uma sociedade hipócrita.

Para Eduardo Vasco, “Os identitários, igual aos fascistas em um Estado totalitário, querem modificar a mente das pessoas; querem forçar as pessoas a pensarem o mesmo que eles pensam; querem que elas não sejam autênticas, querem roubar-lhes até mesmo sua própria individualidade. Em outras palavras, querem bestializar os indivíduos e reduzi-los a nada.  Querem que as pessoas sejam falsas, hipócritas, mentirosas, que uma pessoa não fale o que pensa, mas emita uma opinião que não é a dela. É um ataque a um direito individual, a um dos mais elementares”.

Enfim, é preciso defender a liberdade irrestrita de opinião, um direito fundamental de todos, sobretudo da classe trabalhadora, e desmascarar esse clima de histeria e reacionarismo da esquerda pequeno-burguesa que quer censurar e cancelar as opiniões divergentes.

Assistam ao Programa Não compre Jornais, Minta você mesmo, que vai ao ar todas as sextas-feiras, às 17h, na COTV Canal reserva no You Tube.

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