Em vez de ter trabalho remunerado para garantir sua emancipação, as mulheres tiveram que ficar em casa para cuidar dos outros. É o que diz a pesquisa divulgada no dia 6 último pelo IBGE.
Os números divulgados revelam ainda que uma em cada 5 jovens entre 15 a 29 anos não estudavam e nem trabalhavam em 2022. Conforme a mesma pesquisa, 4,7 milhões de jovens não procuram o emprego e nem gostariam de trabalhar, dos quais 2 milhões eram mulheres cuidando de parentes e de afazeres domésticos. O IBGE indica ainda que entre 10,9 milhões de jovens que não trabalham e nem estudam, 61,2% eram pobres e dentre esse contingente, 47,8% eram mulheres pretas ou pardas.
Segundo o órgão governamental, “(…)isso é uma medida rigorosa de vulnerabilidade juvenil, pois abrange aqueles que não estavam ganhando experiencia laboral nem qualificação, possivelmente comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras”.
Em comentário À pesquisa, o órgão esclarece que no ano passado, dos 4,7 milhões de jovens que não tomaram nenhuma providência para conseguir trabalho, os motivos mais alegados eram os cuidados de parentes e com os afazeres domésticos, apresentados por 2 milhões de mulheres, enquanto para os homens, o número cai para 420 mil, destacando-se motivos relacionados a problemas de saúde. “Ambos os sexos também abordam o estudo por conta própria como um dos motivos para não querer trabalhar”, conclui o IBGE.
A pesquisa reforça o problema histórico enfrentado pelas mulheres, que na etapa de decadência acentuada do sistema econômico, tendem a se embrutecer pelo regime com mais vigor devido à sua fragilidade na sociedade.