Nos últimos dias, chamou a atenção da imprensa internacional o esforço dos Estados Unidos em vetar qualquer proposta para amenizar o conflito entre israelenses e palestinos. O governo de Joe Biden está 100% comprometido com o governo de Benjamin Netanyahu, e irá até as últimas consequências no apoio à limpeza étnica do território palestino. Para os Estados Unidos, qualquer resolução que não signifique o apoio irrestrito ao genocídio dos palestinos, merece ser vetada.
O mais curioso disso tudo, no entanto, é que a responsável por dar a palavra final na ONU era uma mulher: Linda Thomas-Greenfield. Isso mesmo! Os identitários, que tanto falam que a guerra é culpa do “patriarcado”, mal sabem que Joe Biden mandou uma mulher para garantir que nenhum palestino sobreviva aos ataques de Israel na Faixa de Gaza.
Mas Linda Thomas-Greenfield não é apenas uma mulher. É uma mulher… negra! Igual a Djamila Ribeiro, igual a Anielle Franco – e, claro, igual às “juristas” lavajatistas que a rede Globo, Gregório Duvivier e George Soros queriam ver no Supremo tribunal Federal (STF).
Não foi preciso esperar muito para aprender a lição. Colocar uma mulher negra nos “espaços de poder” não garante nada para a mulher, nem para o negro. Pelo contrário: garante apenas uma fachada para a política genocida do imperialismo.