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Palestina

Movimento armado é de libertação, e por isso deve ser apoiado

Luta do Hamas, da Jiade Islâmica e de todo o movimento guerrilheiro deve ser aplaudida de pé

O ataque do dia 7 de outubro ao território ocupado pelo Estado nazista de Israel já entrou para a história como um dos acontecimentos mais espetaculares já vistos. Hamas, Jiade Islâmica, Frente Popular para a Libertação da Palestina e Hesbolá mostraram a todo o mundo que Israel não é invencível. Assim como os pé-rapados do Talibã botaram para correr as tropas norte-americanas do Afeganistão, assim como o exército russo está levando o regime de Kiev ao colapso, os guerrilheiros palestinos mostraram que é possível peitar o imperialismo.

O mínimo que poderia ser dito sobre o ataque dos guerrilheiros palestinos é que se tratava de uma reação. Afinal, o Estado nazista de Israel, ao longo de mais de sete décadas, vem martirizando o povo palestino de todas as maneiras imagináveis. Tortura, execuções sumárias, bombardeios – tudo isso se tornou rotina para o povo palestino desde que os sionistas passaram a ocupar as suas terras. Com tanta violência, não se pode esperar nada diferente de uma reação violenta. Não há como esperar que o povo palestino aguarde pacientemente que a Organização das Nações Unidas (ONU) intervenha a seu favor, nem que o governo de Benjamin Netanyahu se compadeça de sua situação: a mais extremada violência só pode ser contida com violência.

Acontece que o ataque dos guerrilheiros hoje é mais que uma reação. Por mais desigual que seja a luta entre israelenses e palestinos, por mais que o saldo de mortos do lado árabe seja muito superior, o Hamas, a Jiade Islâmica e os demais grupos armados vivem hoje uma situação inédita. De uma luta desesperada para diminuir o impacto das ações dos sionistas, os palestinos hoje, pela primeira vez, colocaram na ordem do dia a possibilidade de derrotar Israel de maneira definitiva. A luta dos grupos guerrilheiros, assim, assume a forma aberta de libertação nacional – uma luta para ver o território palestino livre de seus invasores.

O que acontece hoje na Palestina pode muito bem ser comparado ao que aconteceu em países como a Albânia, quando uma frente de libertação nacional colocou para correr as tropas de Benedito Mussolini e, depois, de Adolf Hitler e estabeleceu um governo operário. Os guerrilheiros palestinos não são elementos isolados – que em si já mereciam ser apoiados por sua bravura -, mas sim elementos profundamente conectados às massas palestinas, que estão envolvidas em um amplo esforço para derrotar seu grande inimigo.

Do lado palestino, ao mesmo tempo em que há um acúmulo de décadas de sofrimento, também joga a seu favor o desenvolvimento de uma série de acontecimentos na região ao redor. O Irã, que tem tomado uma posição hostil ao imperialismo desde 1979, vem financiando, de maneira decidida, a causa palestina. Ao mesmo tempo, o Hesbolá, grupo paramilitar libanês também apoiado pelo Irã, vem se fortalecendo com o passar dos anos. Com o enfraquecimento geral do imperialismo, Arábia Saudita e mesmo o Egito vêm se alinhando cada vez mais com os russos e chineses. Não só os guerrilheiros não estão isolados na Palestina, como a Palestina não está isolada no Oriente Médio: toda a região está convulsionada contra o imperialismo.

E quando se fala em imperialismo no Oriente Médio, Israel é um sinônimo. O país foi criado artificialmente justamente para funcionar como uma polícia contra os povos da região. Por isso, a região inteira está rebelada contra o Estado nazista de Israel.

Os movimentos armados na Palestina, mas também em outros países, como o Líbano, nada mais são que a expressão direta dessa luta para pôr um fim no Estado de Israel. Isto é, para libertar os palestinos, os turcos, os persas e todos os povos da região que são oprimidos há décadas pelo enclave sionista.

Ninguém deve ser criticado por pegar em armas contra os seus opressores. Hoje em dia, ninguém criticaria um judeu em um campo de concentração que assassinasse um oficial nazista. Assim como ninguém critica o escravo que assassinou o seu senhor para fugir do engenho. E assim deve ser vista a luta do Hamas, da Jiade Islâmica e de todo o povo palestino: os guerrilheiros merecem 1000% de apoio na luta por sua libertação.

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