Pelo menos 10.022 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Gaza, 152 foram mortos na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro, informou o Ministério da Saúde Palestino. Estão incluídos nos números, 4.104 crianças e 2.641 mulheres. O ministério acrescentou que 25.408 pessoas também foram feridas.
Em coletiva de imprensa, um porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza declarou que o Hospital Al-Rantisi foi alvo de ataques aéreos israelenses duas vezes. O Centro de Câncer e o Centro Especializado para Crianças também foram alvejados. Quatro pessoas foram mortas e 70 ficaram feridas, incluindo crianças, funcionários e refugiados. Os ataques israelenses destruíram os painéis solares e os tanques de água no Hospital Al-Rantisi.
O ataque de suprimentos essenciais ameaça a vida de todos no hospital. Israel realizou 18 ataques no início dessa segunda-feira (6/11), matando 252 pessoas. 192 profissionais de saúde foram mortos e 32 ambulâncias foram destruídas desde 7 de outubro, enquanto 16 hospitais agora estão fora de serviço.
O ataque de padarias está agravando a crise de alimentos. O único moinho em funcionamento em Gaza continua incapaz de moer trigo devido à falta de eletricidade e combustível, informa o Programa Mundial de Alimentos. Quando pão está disponível, as pessoas enfrentam longas filas nas padarias, onde ficam expostas a ataques aéreos. Onze padarias foram atingidas e destruídas desde 7 de outubro.
Apenas uma das padarias contratadas pelo PMA, juntamente com outras oito padarias nas áreas do sul e central, fornece intermitentemente pão para abrigos, dependendo da disponibilidade de farinha e combustível.
Enquanto os bombardeios intensos continuam em Gaza, 18 organizações da ONU emitiram um comunicado pedindo um “cessar-fogo humanitário imediato”.
Centenas de milhares de residentes na cidade de Gaza e no norte da Faixa de Gaza enfrentam séria escassez de água, já que os poços geridos pelo município não conseguem bombear água devido à falta de combustível, informa a agência da ONU, OCHA. Isso tem suscitado preocupações com a desidratação e doenças transmitidas pela água devido ao consumo de água de fontes não seguras, afirma a agência.
Segundo a agência, no sul, todos os poços municipais pararam de operar desde 2 de novembro, devido à falta de combustível. Além disso, uma das duas usinas de dessalinização na área foi desativada. Seis dos caminhões que entraram em 4 de novembro do Egito transportavam um total de 198 metros cúbicos de água engarrafada. Ela foi distribuída durante o dia em abrigos para pessoas deslocadas no sul de Gaza, atendendo às necessidades de consumo de cerca de 66.000 pessoas deslocadas internamente por um dia.
Em 4 e 5 de novembro, sete instalações de água em toda a Faixa de Gaza foram atingidas diretamente e sofreram danos significativos, incluindo três tubulações de esgoto em Gaza, dois reservatórios de água (em Gaza, Rafá e no campo de refugiados de Jabalia) e dois poços de água em Rafá. A municipalidade de Gaza alertou sobre o iminente risco de inundação de esgoto.
Vários casos de infecções respiratórias agudas, diarreia e catapora foram relatados entre as pessoas que buscam refúgio em abrigos da UNRWA, de acordo com a agência da ONU. Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas em Gaza estão deslocadas internamente. Desses, cerca de 717.000 estão abrigados em 149 instalações da UNRWA, 122.000 em hospitais, igrejas e edifícios públicos, 110.000 pessoas em 89 escolas não pertencentes à UNRWA e o restante reside com famílias anfitriãs.
A superlotação continua sendo uma grande preocupação. Muitos dos deslocados buscam segurança dormindo nas ruas, perto das instalações da UNRWA. No entanto, a UNRWA afirma que não consegue mais fornecer serviços na cidade de Gaza e no norte da Faixa de Gaza e não tem informações precisas sobre as necessidades e condições das pessoas desde a ordem de evacuação israelense em 12 de outubro.
*Com informações de Al Jazeera