Pela segunda semana consecutiva e em maior número, professores, alunos e movimentos sociais, liderados pela APEOESP (Sindicato dos professores SP), realizaram protesto contra o novo ensino médio em frente ao Masp, na Avenida Paulista. A manifestação também reivindica o cumprimento da “Lei do Piso”, que estabelece que nenhum professor do ensino básico público do País pode receber menos de R$ 4.420, desde janeiro deste ano, que vem sendo descumprida por milhares de prefeitos e vários governadores, como o de SP, o Estado mais rico da federação.
Na semana passada o ato foi liderado pelas organizações estudantis como a União Brrasileir dos Estudantes Secundaristas e suas seções regionais.
As pistas da Avenida Paulista no sentido Consolação foram bloqueadas pelos manifestantes, que realizaram passeata até a Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação.
Em todo País
Os atos foram convocados em todo o País, por decisão da CNTE, que realizou sua Plenária Inter Congresual no último fim de semana e aprovou um calendário de lutas que prevê uma greve geral da Educação em abril próximo.

Eles foram realizados na maioria das capitais do País e muitas cidades do interior, embora na maioria dos casos tenham tido um caráter demonstrativo, ou seja, não houve uma efetiva mobilização, um amplo chamado à participação dos trabalhadores da Educação, por parte das direções sindicais.
A reforma prevista pela Medida Provisória 746 amplia a carga

horária mínima do ensino médio, deixa como obrigatório apenas as matérias de língua portuguesa e matemática – que têm uma brutal redução do numero de aulas, assim como outras disciplinas – e torna facultativas, matérias como artes, educação física, Inglês e Espanhol.
É uma política de ataque ao ensino público aprovada no governo golpista de Temer e implementada no governo Bolsonaro e que setores direitistas – inclusive de dentro do atual Ministério da Educação – buscam preservar.
Para derrotar essa política, imposta pelos setores privatistas na Educação, é preciso impulsionar e fazer crescer as mobilizações nas ruas, com os estudantes e os educadores e toda a comunidade escolar.
No calendário da CNTE estão previstos os seguintes atos:
- de 20 de março a 23 de abril, organização da 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e coleta de assinaturas de parlamentares ao manifesto da CNTE pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM);
- 26 de abril – Greve Nacional da Educação pela aplicação do reajuste do piso salarial inicial e na carreira para os/as profissionais da educação e pela revogação do NEM.
O crescimento da mobilização em São Paulo, está mostrando a importância de realizar atos semanais e ampliá-los por meio da convocação nas escolas dos estudantes e trabalhadores da Educação.