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Argentina vs FMI

Milei mostra o destino da Argentina caso ganhe: o bolso dos EUA

Nesta sexta-feira, dia 18 de agosto, o vencedor das primárias na Argentina, Javier Milei, teve uma reunião com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Nesta sexta-feira, dia 18 de agosto, o vencedor das primárias na Argentina, Javier Milei, teve uma reunião com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI). A reunião foi virtual, durou uma hora e tinha como intuito permitir a Milei apresentar seu plano para o futuro econômico do país caso vença a eleição presidencial.

Sem segredos

Dentro de um cenário extremamente desfavorável para a esquerda na política argentina, dos últimos meses, o FMI já havia indicado que abriria as negociações na Argentina para o vencedor das primárias. Segundo o FMI, essa decisão seria para que o futuro presidente entendesse o processo. “O diretor do Hemisfério Ocidental, Rodrigo Valdés, e outros integrantes do FMI se reuniram virtualmente com o senhor Milei e sua equipe nesta manhã. A discussão foi uma oportunidade para trocar pontos de vista sobre as perspectivas econômicas atuais da Argentina e entender suas prioridades da política econômica”, afirmou em comunicado na sexta, 18.

O candidato peronista, Sergio Massa, viajou aos Estados Unidos da América (EUA) para se reunir com o FMI. O FMI chegou a elogiar a política de desvalorização do peso, prometendo “aprovar os pagamentos acordados” previamente.

Cotidiano do imperialismo

Ainda segundo o FMI, essa reunião é “parte dos contatos regulares e rotineiros com uma ampla gama de políticos e economistas”. O que se coloca quase como uma declaração do FMI de haver uma prática ostensiva do imperialismo para intervir nos governos e economias de países não desenvolvidos, demonstrando haver frentes de intervenção imperialistas das mais variadas formas, além das militares. Hoje, não é possível apontar um país que não sofra sob os monopólios imperialistas. Mesmo os sócios minoritários do imperialismo estão sob o jugo da mão de ferro norte-americana, perdendo em algum interesse.

Dívida Argentina

Infelizmente para a população argentina, a política de seus governos foi a de ceder, em menor ou maior grau, às pressões do FMI. Nesse sentido, a situação econômica argentina teve um declínio no governo de Mauricio Macri.

No ano de 2018, Macri contraiu um empréstimo de US$ 57 bilhões com o FMI, o maior da história do fundo. O governo neoliberal de Macri acabou sendo parecido com o governo Bolsonaro, ocasionando uma deterioração gigantesca das condições de vida.

Em 2019, Alberto Fernando renunciou aos últimos repasses do empréstimo acordado com Macri, e em 2021, procedeu a uma renegociação do montante de US$ 44 bilhões. O grande problema é que Fernandes para cumprir o acordo aceitou uma série de metas fiscais, mesmo tendo uma pobreza de 40% da população.

O que defende Milei

Foi divulgado na imprensa argentina os eixos do pacote apresentado por Milei na reunião com o FMI. Pacote em si não difere da campanha confusa do Milei, sendo composto por sete pontos:

  • Ajuste fiscal: por mais surreal que pareça, o ajuste fiscal proposto por Milei é mais restritivo, tem uma política de austeridade mais forte que o proposto pelo FMI;
  • Fim do déficit e corte de gasto: A ideia de priorizar o déficit financeiro invés das necessidades da população já é ruim, entretanto Milei propõe acabar com o déficit através do corte de gastos públicos. A proposta seria acabar com o Estado que atende a população;
  • Abertura da economia: Aqui Milei demonstra que sua política tende a atender aos interesses dos monopólios imperialistas. Querem abrir a economia para a livre exploração do imperialismo, mesmo que isso signifique o fim da indústria local;
  • Destruição do Estado: Milei colocou a necessidade de reforma estatal, com dissolução de quase todos os ministérios do governo argentino. O fechamento dessas pastas aponta um desejo de pôr abaixo parte da estrutura estatal, mais que isso, seria ataque a partes do estado que atendem a população em algum sentido, conservando o setor de opressão e controle;
  • Fim das leis trabalhistas: Chamando de modernização das leis trabalhistas, Milei pretende acabar com os direitos trabalhistas dos trabalhadores argentinos. Seria mais um ataque às condições de vida da população argentina, que vem sofrendo muito com a deterioração econômica das últimas décadas. 
  • Reforma monetária: Uma reforma não menos importante, é monetária, essa iniciativa acaba por colocar a vida financeira argentina nas mãos dos banqueiros. Eles querem acabar com o banco central argentino, para que os banqueiros tenham controle total sobre a economia.

Capacho dos EUA

Seja em sua campanha, ou nas relações com o FMI, a política de Milei manifesta-se como “ultraliberal”. Uma postura de capachismo perante o imperialismo norte-americano, se possível, mais subserviente que a de Macri.

A vitória do Milei nas preliminares apresenta-se como uma rejeição ao imperialismo. Entretanto, embora pareça antissistema, Milei é o maior capacho do imperialismo.

Essa política é extremamente antipopular, aprofundando a níveis abissais a exploração da classe trabalhadora. E não é casualmente utilizada burguesia em razão de pode ocasionar reações explosivas das classes trabalhadoras.

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