Um grupo de cem médicos israelenses divulgou uma carta “implorando” para que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) destruam os hospitais de Gaza. Segundo os profissionais de saúde “os residentes de Gaza acharam por bem transformar hospitais em ninhos de terroristas para tirar proveito da moralidade ocidental; foram eles que trouxeram a destruição para si mesmos; o terrorismo deve ser eliminado em todos os lugares. Atacar os quartéis-generais dos terroristas é o direito e o dever do exército israelense”, disseram os sionistas.
“Após a IDF repetidamente alertar os hospitais para porem um fim ao uso cínico de suas instalações por terroristas e todos os cidadãos serem avisados para evacuarem a área à luz da presença de terroristas em seu interior, existe uma obrigação de destruir os ‘ninhos de vespas’ e os hospitais usados para abrigá-los”, conclui a nota.
A informação foi dada pelo perfil do X Quds News Network e pode ser consultada no link https://twitter.com/QudsNen/status/1721066364738158806. Além disso, órgãos como o iraniano PressTV (“100 Israeli doctors call for bombing of hospitals in Gaza”, 5/11/2023), o britânico Middle East Eye (“Israel-Palestine war: 100 Israeli doctors call for Gaza hospitals to be bombed”, 5/11/2023) e o indiano LiveMint (“100 Israeli doctors sign petition demanding IDF to bomb Gaza hospitals: Reports”, 5/11/2023) também destacaram as colocações verdadeiramente nazistas dos médicos sionistas.
Ainda que fosse verdade a alegação dada pelos sionistas, de que o Movimento Resistência Islâmica (Hamas) e os demais partidos da luta armada pela libertação da Palestina estariam se abrigando no interior de hospitais, bombardear estas instalações, matando profissionais de saúde e pacientes não pode ser considerada uma política de pessoas minimamente civilizadas. A defesa desta prática abominável pelos médicos israelenses reforça a correta percepção que muitos vão adquirindo, de que o sionismo é uma expressão do nazismo, ainda que adaptado aos interesses do imperialismo no Mundo Árabe.
Tal qual o nazismo, o sionismo também tem no terror e na mortandade em escala industrial seu principal instrumento de ação política. É exatamente o que está posto quando uma política deliberada de bombardeio dos hospitais é posta em marcha. Nada menos do que 16 dos 35 hospitais da Faixa de Gaza estão inoperantes devido aos bombardeios israelenses, o que é muito, a julgar pela sede de sangue dos médicos sionistas.
Em meio a tal estado de coisas, não seria estranho que os revolucionários palestinos fossem verdadeiros bárbaros enlouquecidos. O fato verdadeiramente estranho é o que foi relatado por uma das reféns tomadas pelo Hamas na ação do dia 7 de outubro, a idosa Yocheved Lifshitz, de 85 anos.
Após momentos de tensão naturais durante a operação militar no território sob controle do sionismo, uma vez em Gaza, Lifshitz disse que seus captores “trataram-na bem”, dando a ela e a outros cativos “a mesma comida que comeram” e trazendo um médico para fornecer-lhes remédios. “Eles trataram-nos com delicadeza, e forneceram todas as nossas necessidades,” disse, quando questionada sobre a razão de apertar a mão de um dos seus captores no momento da sua libertação.
“Eles pareciam prontos para isso, eles se prepararam por um longo tempo, eles tinham tudo o que homens e mulheres precisavam, incluindo xampu,”. Lifshitz, vive no kibutz de Nir Oz perto da Faixa de Gaza. A humanidade dos militantes do Hamas diante de um inimigo que diz “destruam todos os hospitais e não se importem com os doentes e civis”, esta sim é a posição estranha. Revela, acima de tudo, que os palestinos são um povo extremamente civilizados, ao contrário dos sionistas que atualizam a máxima de León Trótski sobre os facistas, que não tem mais do que uma poeira de humanidade.