O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu não responder às perguntas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). “Por orientação da minha defesa técnica, farei uso do meu direito constitucional de silêncio”, disse Mauro Cid logo no início da sessão, a qual compareceu fardado.
Antes de silenciar-se, Cid leu um discurso aos deputados da CPI, afirmando que não foi nomeado ajudante de Ordens de Bolsonaro por motivos políticos e explicando que, entre as funções do seu cargo, está a recepção de correspondências recebidas pelo presidente da República.
“Não questionávamos o que era tratado nas respectivas agendas e reuniões. Não estava na minha esfera analisar propostas de apoiadores”, assegurou.
No decorrer dos últimos meses muitas declarações foram feitas por Mauro Cid, as quais estavam servindo para a burguesia fundamentar os processos já existentes contra Jair Bolsonaro, e, igualmente, novos processos, a fim de escanteá-lo da cena política e abrir espaço para a 3ª Via.
Conforme a propaganda da imprensa burguesa, Bolsonaro estaria prestes a ser preso no final da semana que se passou. Contudo, desde então, a imprensa mudou o tom, tratando o caso de Bolsonaro com mais leniência do que eles sempre trataram aqueles que perseguem.
Agora, Mauro Cid decidiu por usar seu direito constitucional ao silêncio.
Por trás dessa mudança de cenário podem estar as Forças Armadas, atuando nos bastidores para que a perseguição a Bolsonaro não vá tão longe a ponto de desestabilizar as baixas patentes, constituídas majoritariamente por simpatizantes do ex-presidente.
